Maia diz não acreditar que Guedes seja tão medíocre quanto parece

“Queremos que o governo construa as soluções que vão minimizar os efeitos na saúde e na vida das pessoas" (Reprodução)

“Não posso imaginar que, numa crise desse tamanho, o ministro tenha encaminhado uma lista de 19 projetos para transferir a responsabilidade para nós”, disse o deputado

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a postura do governo federal ante o agravamento da crise provocada pela expansão da epidemia do coronavírus no país. Ele criticou a intenção do ministro de culpar a o Congresso pela paralisia. “Não acredito nisso. A crise é tão grande que a gente não tem direito nem de imaginar que o ministro da Economia possa ter pensado de forma tão medíocre. Eu tenho certeza de que não. […]”, disse.

“Não posso imaginar que, numa crise desse tamanho, o ministro tenha encaminhado uma lista de 19 projetos para transferir a responsabilidade para nós”, afirmou o deputado.

“Não posso acreditar que um homem de 70 anos, com a experiência dele, tenha mandado isso com essa intenção. A crise é tão grande que a gente não tem direito de imaginar que o ministro da Economia de uma das maiores economias do mundo possa ter pensado de forma tão medíocre”, acrescentou Maia.

Maia disse, em entrevista à Folha de S. Paulo, que os parlamentares se frustraram com o ministro Paulo Guedes que não apresentou propostas de curto prazo.

“Guedes não tinha uma coisa organizada ou não quis falar. Se olhar os projetos, tem pouca coisa que impacte a agenda de curto prazo ou quase nada”, criticou. “Queremos que o governo construa as soluções que vão minimizar os efeitos na saúde pública e na crise na vida das pessoas na área econômica área social. O governo precisa liderar isso”, cobrou.

O presidente da Câmara afirmou que a agenda do Congresso nos próximos 45 dias será focada no combate aos efeitos econômicos do coronavírus. Na opinião de Maia, nem as reformas nem a lista de projetos considerados prioritários enviada por Guedes na terça oferecem soluções de curto prazo requeridas pelo momento. “A reforma administrativa estar atrasada incomodava até 15 dias atrás”, afirmou.

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