O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que “estava muito ruim o Ministério da Educação” tendo Abraham Weintraub à frente.
“Esperamos que a gente possa ter no Ministério da Educação alguém de fato comprometido com a educação e com o futuro das nossas crianças”, disse.
Rodrigo Maia disse que o convite para o ex-ministro da Educação ir para o Banco Mundial só aconteceu “porque não sabem que ele trabalhou no Banco Votorantim, que quebrou em 2009, ele era um dos economistas do banco”.
Em 2009, o Banco do Brasil comprou 49,99% do Banco Votorantim para que esse não fechasse as portas.
Weintraub anunciou sua demissão do cargo na quinta-feira (19), em vídeo publicado nas redes sociais. Sua saída começou a ser pedida até mesmo pelos apoiadores de Bolsonaro, como o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE).
Além da péssima gestão, com cortes no orçamento das universidades e acusações infundadas de que a China tinha criado o coronavírus em laboratório, Weintraub apareceu dizendo, na gravação da reunião ministerial do dia 22 de abril, que “eu, por mim, colocava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”.
No anúncio de sua saída, Weintraub informou que recebeu um convite para ser diretor de um banco. “Já fui diretor de um banco no passado. Volto ao mesmo cargo, porém em um banco mundial”.
Abraham Weintraub respondeu a Maia, através do Twitter, que “Trabalhei no Votorantim por 18 anos. O Banco existe até hoje. NUNCA QUEBROU! Atualmente invisto em títulos da dívida dessa instituição por acreditar em sua solidez e seriedade. Espalhar fakenews sobre a solvência de uma instituição financeira é muito grave”.