“Acho que não é hora de pensar em ajuste fiscal, até porque a medida aprovada pelo Congresso, a proposta do poder executivo de decretar calamidade, ela em si mesma gera autorização para o governo não cumprir a meta de resultado primário”, declarou Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda, ao G1. “O resultado primário para este ano é estimado em R$ 124 bilhões e provavelmente vai ser muito mais que isso. Já se calcula que pode chegar a R$ 300 bilhões”, completou o economista, um dos maiores defensores da política de ajuste fiscal.
“Em primeiro lugar, está o objetivo de salvar vidas; em segundo lugar, de por dinheiro nas mãos das pessoas, particularmente, as de renda mais baixa, as menos favorecidas. Em terceiro lugar, salvar as empresas de uma quebra. Esse é o objetivo terceiro. O primeiro é salvar vidas. O presidente parece dar a impressão de que ele prefere contar os mortos do que contar os desempregados”.