O impacto da inflação (IPCA-15) apurada pelo IBGE se deu principalmente no grupo de alimentos e bebidas em meio ao agravamento da pandemia e do desemprego
A prévia da inflação de janeiro, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrou a maior alta de preços para o mês desde 2016, informou na manhã desta terça-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano marcado pela pandemia e por recordes no desemprego, agravado pelo corte no auxílio emergencial que atendeu 68 milhões de brasileiros, a pressão desse grupo de produtos foi de 14,09% – o maior aumento em 18 anos.
O índice ficou em 0,78%, com grande pressão vindo, mais uma vez, do grupo de alimentos e bebidas, cujo aumento foi de 1,53%. Segundo o IBGE, os alimentos responderam sozinhos por quase a metade da inflação de 2020, com grande impacto percentual no índice geral (de 4,37% em 12 meses).
Depois de alimentação e bebidas, o segundo maior impacto partiu do item “habitação” devido ao encarecimento da energia elétrica +3,14%. Também subiu o preço do botijão de gás (+ 2,42%) pelo oitavo mês seguido.
Além disso, o IBGE registrou aumento da inflação em oito dos nove produtos e serviços pesquisados na prévia de janeiro, com destaque para: artigos de residência, +0,81%; vestuário, + 0,85%; transportes, +0,14%; saúde e cuidados pessoais, + 0,66% e; educação +0,11%.