Mais de 500 mil empresas continuam fechadas no México desde o terremoto de setembro, assegurou Alejandro Salcedo Pacheco, presidente nacional da Associação Latino-americana de Micros, Pequenos e Médios Empresários (Alampyme). Conforme levantamento realizado pela organização em diferentes zonas afetadas (Cidade do México, Oaxaca, Morelos e Puebla) e também de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi).
A entidade alerta que “os tremores provocaram mais impactos e os desastres são maiores do que os informados pelos governos federal, estaduais e municipais”. Pelo fato dos prejuízos estarem sendo completamente subnotificados, os apoios econômicos têm sido muito aquém do necessário. Frente à magnitude dos estragos, a Alampyme “solicita que, em lugar de créditos, se outorguem recursos de programas de governo a fundo perdido”.
Para se ter uma ideia do caos, a última atualização de dados feita pelo Inegi aponta que foram afetados cerca de dois milhões de negócios e empresas, o que supera 40% do total da atividade econômica do país. “Existiu uma paralisia produtiva e de serviços, assim como perdas econômicas significativas, sem contar que inúmeras famílias ficaram sem seu sustento pelo fechamento de empresas devido ao colapso ou porque se encontram dentro da zona de desastres”, acrescentou Salcedo Pacheco.
Pelo levantamento da entidade empresarial, apenas na Cidade do México, mais de 2,4 mihões de pessoas estão sem salários em função da tragédia. Passadas duas semanas do terremoto de 19 de setembro, ressaltou Salcedo Pacheco, a ajuda ao setor comercial ainda não chegou nem do governo federal nem do da capital. Há empresas que perderam absolutamente tudo, principalmente nos estados mais devastados, onde há prédios afetados ou zonas que continuam cercadas, com perdas irrecuperáveis.