Mais um ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou publicamente voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
É o ex-ministro Ayres Britto que presidiu a Corte de 19 de abril de 2012 a 18 de novembro de 2012. Ele presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2008 e 2010.
“Nesta eleição presidencial já afunilada para dois candidatos, eis a pergunta central: diante de quem a democracia está certa de não sofrer o menor atentado? Resposta: de quem jamais colocou sob suspeita de fraude a urna eletrônica. No caso, Lula, que terá meu voto”, escreveu o ministro aposentado no Twitter.
Britto se junta a outros ex-presidentes da Corte que já declararam que votam no candidato da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) na eleição deste domingo (2). Lula tem apoio ainda do PSB, Rede, PSOL, Agir, Avante, Pros e Solidariedade.
Lula já tinha o voto declarado de Joaquim Barbosa e Celso de Mello. Depois vieram Nelson Jobim, Carlos Velloso e agora Ayres Britto.
Ao justificar seu aval a Lula, Carlos Velloso condenou as críticas frequentes e infundadas que Jair Bolsonaro (PL) tem feito ao sistema eleitoral.
“Diante das ameaças do candidato Bolsonaro contra o sistema eleitoral brasileiro, especialmente as urnas eletrônicas, reconhecidas aqui e no exterior como seguras e confiáveis, o que redunda em ameaça ao Estado democrático de direito, meu voto, no próximo domingo, será para o Lula”, disse.
O ministro aposentado do STF presidiu a Corte entre 1999 e 2001 e é conhecido pelo apoio às medidas tomadas pela Lava Jato, operação que culminou na prisão do ex-presidente por 580 dias na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
Celso de Mello anunciou o apoio a Lula por meio de nota pública, na noite da terça-feira (27).
Ele também fez duras críticas a Bolsonaro, apontando que o chefe do Executivo “revelou a uma nação estarrecida por seus atos e declarações a constrangedora figura de um político menor, sem estatura presidencial, de elevado coeficiente de mediocridade, destituído de respeitabilidade política, adepto de corrente ideológica de extrema-direita que perigosamente nega reverência à ordem democrática, ao primado da Constituição e aos princípios fundantes da República”.
Mello presidiu a Corte entre 1997 e 1999.
Joaquim Barbosa, por sua vez, gravou um vídeo declarando apoio. O ex-ministro do STF afirmou ser “preciso votar já em Lula no primeiro turno para encerrar esta eleição no próximo domingo”.
Ele destacou que Bolsonaro “não é um homem sério”. Barbosa foi considerado algoz do PT por ter relatado o processo do chamado “mensalão” na Corte.
A campanha de Lula comemorou o aval, especialmente, de Barbosa e Velloso, justamente por terem apoiado ações no passado contra o ex-presidente e o PT.
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