
Ao que tudo indica fracassou a mais recente tentativa de conspiração de Eduardo Bolsonaro contra o Brasil. Ele está nos EUA e instigou o governo americano a mandar uma delegação ao Brasil para estudar sanções ao ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades brasileiras.
O traíra chegou a divulgar um vídeo dizendo que David Gamble, chefe interino de Coordenações de Sanções do Departamento de Estado, estaria chegando ao país para isso. No vídeo ele aparece dizendo que a “batata” do ministro do STF “está esquentando” nos EUA. “Se Deus quiser, os violadores sistemáticos de direitos humanos serão punidos”, afirmou o filho do ex-presidente.
Eduardo Bolsonaro não esconde que foi para os EUA para trabalhar dia e noite para prejudicar o Brasil. Ele bajula Trump e quer que o Brasil seja sancionado. Disse que nesta viagem os integrantes do governo americano iriam “ouvir as pessoas perseguidas pelo Moraes”.
“Por óbvio, como ele é o especialista do Departamento de Estado para fins de sanções, ele vai tratar disso. E me abriu as portas para eu sugerir reuniões com autoridades. E assim eu fiz”, disse o conspirador.
Segundo ele, a comitiva de Gamble seria recebida pelo senador Flávio Bolsonaro para discutir a atuação de Alexandre de Moraes e, em seguida, eles iriam visitar Jair Bolsonaro. O próprio Flávio desmentiu a notícia. Primeiro, David Gamble não foi ao encontro e enviou um subalterno, Ricardo Pita, conselheiro sênior para assuntos do Hemisfério Ocidental no Departamento de Estado. Segundo Flávio, não se discutiu nada sobre Moraes.
Flávio Bolsonaro deu uma versão completamente diferente para a reunião. “O assunto aqui não tem nada a ver com sanções, com relação a quem quer que seja, como foi tratado aí por parte da imprensa. Essa reunião não foi para isso”, desmentiu Flávio, no Senado, após o fim do encontro com Pita, que durou pouco mais de 40 minutos. A ausência de Gamble frustrou os planos de Eduardo Bolsonaro.
O senador disse ter tratado com Pita sobre a atuação transnacional de organizações criminosas como o Comando Vermelho e o PCC, e os vínculos dessas facções com grupos terroristas. “Nós precisamos dessa interlocução com autoridades internacionais que estão acostumadas a combater esse tipo de marginal, inclusive declarando essas organizações aqui no Brasil como organizações terroristas”, completou.
Mais cedo o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), comparsa do conspirador fujão, confirmou a versão do bananinha, como e conhecido o filho “03” de Bolsonaro. Disse que Gamble ouviria membros do bolsonarismo para preparar as sanções contra o Brasil.
Além dos supostos excessos do Judiciário, deveriam ser tratada as tarifas impostas pelo governo dos EUA às importações brasileiras – fixadas em 10% no início de abril. Jair Bolsonaro elogiou as tarifas de Trump e disse que se fosse ele faria o mesmo.