
Atos ocuparam as ruas em Paris, Marselha, Lyon, Nantes e Lille, entre outras cidades francesas, atendendo à convocação dos sindicatos e centrais sindicais
Franceses lotaram as ruas de Paris contra cortes no orçamento de serviços públicos decretados por Macron e em defesa das aposentadorias. De acordo com a CGT (Confederação Geral do Trabalho), mais de 1 milhão de franceses tomaram parte dessas manifestações, que se estenderam além da capital francesa.
Vários sindicatos e centrais se uniram para protestar contra o governo de Macron e seus cortes na economia e aplicação de mais arrocho sobre o povo. Além de Paris, `houve atos por todo o país sendo os principais em Marselha, Lyon, Nantes e Lille.

É uma resposta às medidas do mais novo primeiro-ministro de Macron, Sébastien Lecornu, o quarto nomeado em 12 meses. Seu antecessor, François Bayrou, caiu depois de perder no voto de confiança do parlamento francês no começo de setembro, após propor cortes de 44 bilhões de euros no orçamento.
Na semana passada, os protestos do “Bloqueie Tudo” contra o governo de Macron tomaram conta da França. A política de cortes do governo francês está destruindo a classe média do país e alimentando o avanço da extrema-direita.
Atrações turísticas em París, como o Arco do Triunfo e o Louvre ficaram paralisadas, trabalhadores de transportes públicos entraram em greve, houve bloqueios nas ruas e estradas, um terço dos professores franceses entraram em greve. A manifestação foi inicialmente pacífica mas alguns manifestantes entraram em confronto com a polícia quando autoridades tentaram retirar as barricadas.
Estudantes seguraram cartazes com os dizeres “Macron, presidente dos ricos” e “F*da-se a Frente Nacional”. Uma das reivindicações dos manifestantes é aumento de impostos para os mais ricos e alívio para os trabalhadores.
Muito visível nos protestos foram bandeiras da Palestina. Em solidariedade com a população em Gaza que está sofrendo com as agressões genocidas de Israel e dos EUA. Uma fábrica em Marselha que fornece equipamentos para Israel foi bloqueada.