Metalúrgicos, trabalhadores da construção civil, rodoviários, bancários, trabalhadores dos Correios, e servidores públicos em todas as regiões do país realizaram ato de protesto na última sexta, 10, pela revogação da reforma trabalhista.
Na capital paulista, cerca de 50 mil metalúrgicos realizaram manifestações e protestos nas ruas e fábricas do setor. No centro da cidade, cerca de 15 mil trabalhadores de diversas categorias participaram de um ato convocado pelas centrais sindicais Força Sindical, CSP-Conlutas, NCST, CTB, CUT, UGT, entre outras.
Para a CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha “se eles esperavam que esta reforma trabalhista fosse comemorada nas ruas, estão vendo o oposto: os operários estão fazendo, greve, protestos e manifestações”, disse Mancha. Segundo o Vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, o movimento deixou claro ao governo, “que se eles marcarem a votação da reforma da previdência, nos vamos parar o país. Marcou votação vai ter greve geral”, afirmou Torres.
Já para o presidente da CUT, Vagner Freitas, “eles não conseguiram fazer tudo ainda, uma coisa foi ter passado [a lei] no Congresso Nacional, a outra coisa, é efetivar ela no chão da fábrica!”, disse Freitas, que aproveitou do palanque para defender um “volta, Dilma”, sem dizer uma palavra sobre os retrocessos já iniciados durante seu governo.
Na capital fluminense, centena de manifestantes contrários à reforma trabalhista saíram em passeata da Praça da Candelária até a Cinelândia. Houve também protesto em frente à Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense. Durante a manhã, manifestantes bloquearam as quatro pistas da ponte Rio Niterói. No Rio Grande do Sul, metalúrgicos realizaram protestos em diversas regiões do estado. A categoria se juntou a outros movimentos sociais, em um ato em frente ao prédio do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), na capital gaúcha.
Em Curitiba, metalúrgicos e trabalhadores de diferentes categorias também se mobilizaram contra a reforma trabalhista. Segundo o sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), cerca de 30 mil trabalhadores participaram das manifestações de resistência à reforma de Temer. Seguindo o rimo de outras capitais, as ruas centrais de Fortaleza também foram tomadas por cerca de 15 mil manifestantes.