Em diversas regiões do país, protestos condenaram a atuação de Jair Bolsonaro no combate ao novo coronavírus e em homenagearam as 100 mil vítimas da Covid-19. Entre a sexta-feira (07) e a segunda-feira (10), entidades do movimento social, centrais sindicais e partidos políticos realizaram uma série de atos pelo Brasil.
Na capital pernambucana, Recife, a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CTB-PE), a União Brasileira de Mulher (UBM), a Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), a União dos Negros pela Igualdade (UNEGRO), a União Nacional dos Estudantes, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a União dos Estudantes de Pernambuco (UEP) e a União Municipal dos Estudantes de Recife (UMES) fizeram um ato, na sexta-feira, empunhando uma faixa dizendo: “100 mil mortos. Fora Bolsonaro assassino corrupto”, depois fixaram seis faixas com os mesmos dizeres, em várias pontes da cidade.
SP – No Viaduto do Chá e no Santa Ifigênia, no centro da capital paulista, uma faixa com os dizeres “A gripezinha matou 100 mil brasileiros”, foi fixada.
O protesto relembra o descaso de Bolsonaro com a doença e o desrespeito às vidas dos brasileiros mortos. Em pronunciamento oficial no início da pandemia, ele chegou a afirmar que a Covid-19 seria “apenas uma gripezinha” que não o afetaria graças ao seu “histórico de atleta”.
As centrais sindicais organizaram um ato na Praça da Sé e na catedral aconteceu um ato ecumênico com a presença do padre Júlio Lancelotti, que coordena a Pastoral do Povo de Rua.
Lancelotti fez uma oração em memória aqueles que perderam a vida para o coronavírus e ressaltou que é uma vergonha o Brasil ter uma política que não protege os povos indígenas, os quilombolas, os moradores de rua e as florestas, dando prioridades as ações que matam ou que destroem.
RJ – No Rio de Janeiro, a ONG Rio de Paz realizou uma manifestação em memória aos quase 100 mil brasileiros mortos pelo novo coronavírus na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O grupo também protesta e faz críticas contra a administração do poder público durante a pandemia.
Na areia da praia, 100 cruzes pretas foram fixadas com balões de gás vermelhos biodegradáveis. Outros 900 balões, que simbolizam as vidas das vítimas da Covid-19, são espalhados pelo restante do local. No fim do ato haverá a soltura dos balões.
O ato tem, ainda, um cartaz de quatro metros com a frase “100 MIL: Por que somos o segundo país em número de mortos?”.
CE – Em Fortaleza, um grupo de médicos do Coletivo Rebento – Médicos em Defesa da Ética, da Ciência e do SUS, reuniu-se na no sábado, no Poço da Draga, para ato de luto e protesto contra o descaso do Governo Federal pelas 100 mil mortes por coronavírus no país. Os profissionais de saúde fizeram uma roda de conversa no pavilhão em frente à Ponte Metálica, utilizando máscara e respeitando o distanciamento social.
DF – Em Brasília, manifestantes penduraram uma faixa em frente ao Palácio do Planalto, afirmando que o presidente Jair Bolsonaro é responsável pela quantidade de óbitos em decorrência da doença no país. “100 mil mortes. A culpa é sua Bolsonaro”, diz a faixa.
Também em Brasília, sindicalistas espalharam faixas na região da rodoviária no Plano Piloto denunciando o presidente Bolsonaro e o número de mortes causadas pelo novo coronavírus.
PR – Na frente do Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, também foram colocadas 100 cruzes, em referência às 100 mil mortes.