A frente do edifício da Vale do Rio Doce em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, foi palco de um protesto convocado pelas redes sociais, no final da tarde de segunda-feira (28).
Os manifestantes expressaram sua indignação com o descaso e cobraram soluções da mineradora que provocou a maior tragédia ambiental do país com cartazes, inscrições e uma performance teatral.
A catástrofe matou até agora 65 pessoas e 288 estão desaparecidas após o rompimento da barragem da Mina do Feijão, explorada pela Vale, em Brumadinho (MG), na sexta-feira (25). A tragédia já é maior que a de Mariana (MG) em 2016, que matou 19 pessoas e causou um gigantesco desastre ambiental.
“Não foi acidente, foi crime”, dizia um dos cartazes. “Devolvam a Vale”, dizia outro. Um dos manifestantes escreveu “Vale assassina”, em vermelho, simbolizando o sangue derramado das vítimas.
Eles estavam cobertos de lama, mas um deles estava caracterizado de “morte” com flores nas mãos.
Lama foi o material usado nos vidros da entrada do prédio com inscrições e marcas de mãos dos manifestantes, lembrando a enxurrada de dejetos que causou devastação e mortes após o rompimento da barragem.
Funcionários da empresa foram liberados antes do término do expediente por causa do ato.