
Protesto em Washington teve como palavra de ordem central “Tirem as mãos do Irã! Trump é um criminoso de guerra”
Milhares de pessoas foram às ruas de Nova York, Washington e outras cidades dos EUA para condenar o bombardeio do governo do presidente Donald Trump às instalações nucleares do Irã, em um dia nacional de protestos que destacou a crescente rejeição pública à escalada da guerra no Oriente Médio, agora com aberta adesão do agressor instalado na Casa Branca.
As manifestações deste domingo (22), coordenadas por organizações como a Coalizão ANSWER, o Partido para o Socialismo e a Libertação, e o Conselho Nacional Iraniano-Americano, aconteceram desde a Times Square, em Nova York, até os portões da Casa Branca, em Washington D.C., passando por Los Angeles, Austin, Cincinnati, Chicago e Portland.

Na capital federal norte-americana, manifestantes se reuniram sob o slogan “Tirem as mãos do Irã! Trump é um criminoso de guerra”, em um protesto que os organizadores qualificaram como resposta urgente ao que consideram “um crime de guerra absoluto” que viola tanto a Carta das Nações Unidas quanto a Constituição dos EUA.
TRUMP MENTIU DURANTE SUA CAMPANHA ELEITORAL
Os manifestantes denunciaram a ação militar de Trump como “ameaça de desencadear uma guerra regional ou mesmo global com muitas baixas, radiação nuclear e consequências catastróficas”, alertando sobre os riscos de uma escalada sem precedentes na região, sendo particularmente críticos com as contradições entre as promessas de campanha de Trump e suas ações reais. “Mentiu durante a campanha quando disse que acabaria com as ‘guerras eternas’ e traria a paz”, assinalaram em uma declaração conjunta.
Traçando paralelos com a invasão do Iraque em 2003, os organizadores afirmaram que Trump “não é diferente de George W. Bush, que mentiu sobre ‘armas de destruição em massa'”, referindo-se às falsas justificativas usadas para iniciar aquela guerra criminosa contra o soberano país árabe.
Essa comparação histórica repercutiu especialmente entre os manifestantes, que relembraram as consequências devastadoras de décadas de intervenções militares dos EUA no Oriente Médio.
Os organizadores declararam que os protestos de domingo representam apenas o começo de uma campanha de resistência civil contra qualquer nova escalada do conflito, em claro desafio às políticas de guerra do governo Trump.

Desde as primeiras horas do dia 13 de junho, quando Israel lançou um ataque não provocado contra o Irã, as duas nações têm trocado bombardeios. Rússia, China e vários outros países em todo o mundo condenaram veementemente a ofensiva israelense como uma grave violação da lei internacional e da Carta da ONU.