
A cidade de Jena, no Estado da Luisiana, foi palco de manifestação exigindo a soltura do ativista e líder estudantil graduado na Universidade de Columbia, Mahmoud Khalil.
A concentração tomou a frente do Centro de Processamento de Imigrantes do Serviço de Imigração (ICE), nesta terça-feira, 15, no edifício está localizado no Centro de Detenção de LaSalle, onde Khalil está detido, os manifestantes exigem sua soltura. Khalil foi preso no mês passado, acusado de “antissemitismo” por liderar protestos contra o genocídio do povo palestino que Israel pratica em Gaza e na Cisjordânia.
Desde a posse de Trump, a repressão contra críticos do genocídio e do Estado de apartheid de Israel, tem lançado o alvo contra estudantes de universidades norte-americanas. Se estrangeiros, são ameaçados de cassação de vistos de permanência e deportação.
“Todos nós estamos aqui porque sabemos a importância deste momento. Os Estados Unidos têm sido muito claros sobre o fato de que estamos em um período de repressão à liberdade de expressão. Podemos ficar em casa, torcer para que os políticos resolvam a situação por si mesmos e esperar para ver se as coisas pioram ou melhoram, ou podemos vir e deixar bem claro que nos opomos a isso. Podemos enviar uma mensagem às pessoas ao redor do mundo de que as pessoas na Louisiana e nos Estados Unidos se opõem a isso,” disse Jade Woods, uma das organizadoras do protesto.
Khalil foi preso, afastado de sua esposa grávida, e transportado para o Estado da Luisiana, possivelmente em um esquema do governo de Trump para conseguir a decisão favorável de um juiz alinhado com sua política de repressão que aprovou a continuidade da deportação de Khalil.
Khalil está no país legalmente, com residência permanente e não cometeu nenhum crime. Ele só criticou o genocídio do povo de Gaza por Israel, um direito de liberdade de expressão previsto na Constituição dos EUA.
Em outro Estado, no Texas, na cidade de Dallas, um grupo de ativistas pró Palestina também se reuniram no mesmo dia, em frente ao escritório de repressão à imigração da ICE da cidade. Eles denunciam as revogações de vistos para estudantes das universidades da área e pediram pela liberdade a Khalil.
“Esta decisão perigosa e inconstitucional, que permite a deportação de um residente permanente legal porque o atual governo quer puni-lo por exercer seu direito garantido pela Primeira Emenda de criticar o genocídio de palestinos em Gaza pelo governo israelense, não deve ser mantida”, disse Mustafa Carroll, um dos organizadores.
“Embora a decisão de hoje seja apenas o primeiro passo de um longo processo judicial, ela deveria ser alarmante para todos os americanos que prezam a Declaração de Direitos e liberdades básicas como a liberdade de expressão,” disse.