
Centenas de pessoas se reuniram nesta sexta-feira (18) em uma travessa da Rua 25 de Março, tradicional centro de comércio popular em São Paulo, para protestar contra a investigação anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o comércio brasileiro.
No ato, que teve como tema “Em defesa dos empregos, do comércio, do Pix e da soberania nacional”, manifestantes vestiram-se de Jair Bolsonaro (PL) preso ao lado de Donald Trump, com máscaras satíricas do presidente americano e gritos de “Trump, não nos estressa porque emprego é o que interessa”.

A manifestação foi uma resposta à investigação aberta pelo governo dos Estados Unidos contra o comércio (que também investigaria o Pix), citando a Rua 25 de Março como um local de venda de produtos pirateados e falsificados.
“São mais de 5 mil empregos e nós vamos lutar por eles. Não podemos permitir que a ingerência de outro país possa afetar a rua mais relevante e emblemática do nosso país de comércio popular”, afirmou Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários. “Nós não somos a favor da pirataria e não defendemos, mas tem pirataria lá também, que ele vá cuidar da sua pirataria”. “Enquanto sindicalista e cidadão, nós não podemos permitir que outro país possa querer ditar regras para o nosso país”, ressaltou Patah.
Durante as falas, as críticas foram direcionadas a Trump, e também a Bolsonaro, por “conspirar contra a soberania nacional”.
Durante sua fala, o vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Ubiraci Dantas (Bira), também citou a operação da Polícia Federal desta sexta-feira (18) contra o ex-presidente, que terá que usar tornozeleira eletrônica após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Derrotar o Trump virou uma questão de honra para o Brasil, de soberania nacional. E junto com ele vai aquele que é o traidor número 1 da pátria, que é o Bolsonaro, ladrão, que daqui a pouco vai ser preso. A polícia botou tornozeleira eletrônica nele, para que ele não fuja do país”, afirmou Bira.
Ao fim do ato, alguns manifestantes soltaram gritos como “ô Bolsonaro, preste atenção, a Papuda já tem o seu colchão”, enquanto tiravam selfies ao lado de um homem com uma máscara do ex-presidente e uma roupa de presidiário.