A ex-deputada federal Manuela D´Ávila (PCdoB), pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre, criticou a aprovação do projeto do governo Eduardo Leite (PSDB), o PLC 503, que mexe com a previdência, prejudicando os servidores do Estado do Rio Grande do Sul.
Ela lembrou do governo de José Ivo Sartori (MDB) que também fez projetos de arrocho prometendo resolver os problemas financeiros do Rio Grande do Sul (RS). Mais de mil servidores foram demitidos com o pacote de Sartori.
“Há três anos Sartori mentiu que seu pacote resolveria os problemas do RS. Nessa madrugada [19/12] Leite aprovou a reforma da previdência do Estado, punindo mais uma vez aos trabalhadores e trabalhadoras”, escreveu Manuela no Twitter.
Para Manuela, “as saídas para a crise do Estado de Sartori e Leite não enfrentam de verdade a crise e, ano após anos eles apresentam novas medidas que precarizam o serviço público”.
Manuela chegou a comemorar a decisão Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), na terça-feira (17), que suspendeu a votação do PLC 503 na Assembléia Legislativa do RS. Mas uma liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, anulou a decisão do TJ-RS que havia impedido a tramitação do projeto por afrontar a Constituição do Estado.
O projeto antisservidores do governo do RS foi aprovado por 38 a 15 votos. O Projeto de Lei Complementar 503/2019 eleva a idade mínima para aposentadorias (62 anos para as mulheres, e 65 anos para os homens), altera o tempo de contribuição, pensão por morte, e modifica as faixas de contribuição previdenciária dos servidores públicos civis.
A ex-deputada e jornalista, ainda pelo Twitter, criticou a prefeitura de Porto Alegre que anunciou “convênio de terceirização da atenção primária da Saúde, dando início ao processo de demissão do IMESF [Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família]”. “É total o desinteresse do governo em dialogar”, disse Manuela, “sobretudo, num tema tão delicado como a saúde pública”.
“Presto minha total solidariedade às trabalhadoras e aos trabalhadores demitidos e à população desassistida”, acrescentou.
Relacionadas: