O investimento público no menor nível dos últimos 50 anos tem uma grave consequencia para o crescimento do país e para o setor de bens de capital.
Segundo a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o setor – que está na ponta da cadeia produtiva – viu o faturamento mensal de julho cair -4,1% sobre o mês anterior. O resultado de R$ 6,79 bilhões “está muito distante dos valores alcançados durante o período pré-crise, quando a receita girava em torno de R$ 11 bilhões”, pontua a entidade.
Apesar de as exportações terem caído no mês de junho, as vendas externas é que estão segurando boa parcela da produção de máquinas e equipamentos, já que o mercado interno ainda se debate no poço da recessão. Para o que resta de demanda, o setor tem que disputar com as importações – que registraram crescimento de 11,7% em relação a junho e de 21% sobre julho de 2017.
Isso é representado pelo baixo Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria de máquinas e equipamentos em julho. O nível de ociosidade foi medido pelo indicador da associação em 22,7%.
Sugiro uma matéria (ou série) sobre dívida pública, taxa de juros, inflação etc. O HP critica muito a política monetária do governo, mas leitores novos não entendem muita coisa de macroeconomia. Só um exemplo, os economistas da mídia adoram comparar o orçamento público com o salário de um trabalhador. Eles passam para o povo a ideia de que, se o trabalhador gastar mais do que ganha, logo ficará endividado, e isso seria o que ocorre com a União. Uma comparação absurda que faz os leigos acharem que o Estado gasta demais e, por isso, precisa promover cortes nas mais diversas áreas.