Maranhão reduz número de mortes e lidera ranking de combate à Covid-19

Governador maranhense durante coletiva sobre a situação da epidemia no estado - Foto: Reprodução/Youtube

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) destacou o avanço na redução dos números de casos e óbitos de coronavírus no estado. Segundo ele, a expectativa é que a curva da doença continue declinante durante o mês de agosto.

Dados da Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão revelam que o estado registou uma significante redução no número de internações por complicações da Covid-19. Atualmente, 478 pessoas estão internadas. Anteriormente, no auge da pandemia, o estado chegou a ter 1.700 pessoas internadas na rede estadual de saúde. 

A ocupação de leitos de UTI no estado está em 43,94% e a taxa de ocupação dos leitos clínicos é de 28,15%, mesmo após o encerramento gradual de leitos exclusivos na capital e no interior. O estado chegou a ter 99% dos leitos ocupados.

“Isso significa a confirmação de uma trajetória conquistada arduamente, e faço o convite para que continuemos com a atitude que tivemos até aqui, com menos danos que em outros locais. É um  indicador altamente relevante e que levamos alguns meses para conquistar. A expectativa é que essa curva continue declinante para agosto”, pontuou o governador Flávio Dino durante coletiva de imprensa nas redes sociais do Governo do Estado, na manhã da sexta-feira (31).

O Maranhão iniciou o mês de agosto com taxa de letalidade da Covid-19 em 2,49. Esse mesmo indicador chegou a 10,67, em abril. Já em relação ao contágio, de acordo com os pesquisadores do projeto Covid-19 Analytics, da PUC-Rio e da FGV, o Maranhão continua com uma taxa menor que 1 há mais de 40 dias.  

Quando a taxa é superior a 1, cada contaminado transmite a doença para mais de uma pessoa, logo o vírus ainda avança. Quando é abaixo de 1, a tendência é que os novos casos comecem a cair.

LIDERANÇA

Segundo pesquisa nacional divulgada pelo Centro de Liderança Pública (CLP), o Maranhão ocupa a primeira posição no índice de desempenho no combate ao novo coronavírus.

No ‘Ranking Covid-19’, o Maranhão se destaca como o estado que teve os melhores resultados no combate a doença e ocupou a primeira posição com a nota 25,31.

A pesquisa adotou nove critérios de avaliação: proporção de casos confirmados; evolução logarítmica de casos e percentual de mortalidade da Covid-19 e de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG); as notas de transparência do combate à Covid-19 elaboradas pela Open Knowledge Brasil, bem como dados de isolamento social do Google. Quanto maior a nota final, pior é o desempenho dos estados no enfrentamento à pandemia. O Distrito Federal apresentou pior desempenho e lidera o ranking da pesquisa. 

O estudo avaliou as 27 unidades federativas do Brasil. A pesquisa foi encerrada em 28 de julho.

ESTABILIZAÇÃO

O secretário de Estado da Saúde do Maranhão e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, reafirmou que todos os esforços estão sendo realizados para evitar o avanço da Covid-19 no estado. Segundo o gestor, mais de 260 mil testes foram aplicados, sendo 121.581 casos confirmados até 1º de agosto. O número de recuperados é 10 vezes maior do que o de pessoas que estão doentes com Covid-19. No dia 1º de julho, o número de novos casos era de 2.805. Em 31 de julho, o estado contabilizou 1.399, mostrando a tendência de queda de novos casos da doença.

“Aos poucos o Maranhão alcança a estabilização da pandemia. Entretanto, manter-se vigilante ainda é necessário para o enfrentamento dessa impiedosa doença. Por isso, mais uma vez, peço que confiem na ciência, escutem os profissionais de saúde: mantenham as regras de distanciamento social, usem máscaras e evitem aglomerações. Continuamos trabalhando dia e noite para reduzir os impactos da pandemia em nosso estado”, destacou o secretário.

ESCOLAS

O governador maranhense informou ainda que a retomada das aulas no estado ainda está em avaliação. Inicialmente prevista para o dia 10 de agosto, para alunos 3º ano do Ensino Médio, o prazo foi alterado, devido à solicitação de pais e comunidade escolar.

“Tivemos um fato novo, não de ordem sanitária, mas de insegurança das famílias dos estudantes. Insegurança essa que foi justificada e é compreensível. Portanto, vamos aguardar um pouco mais para este retorno”, explicou. O cronograma da rede pública de ensino se mantém com as aulas não-presenciais (vídeos, rádios e internet).

Para a rede escolar privada, a orientação do governador é que as possibilidades sejam avaliadas entre a escola e as famílias; e no município, fica a critério do gestor municipal, diante da avaliação das condições. Dino lembra que, por se tratar de relação de consumo, havendo retorno, haverá também fiscalização dos órgãos competentes, para constatar o cumprimento das normas sanitárias. “Vamos nos proteger do coronavírus até que a ciência encontre uma vacina e consigamos debelar essa doença”, concluiu Flávio Dino.

Veja a entrevista coletiva:

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