Marcelo Ramos chama Eduardo Bolsonaro de “irresponsável” por votar no fundão e mentir

Vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM). Foto: Pablo Valadares - Câmara dos Deputados

O primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), reagiu com indignação a um vídeo publicado nas redes sociais pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o filho “03” do presidente da República, no qual é acusado de atropelar a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada por sessão conjunta do Congresso Nacional presidida por ele.

A LDO de 2022 permite um aumento no Fundo Eleitoral, destinado a partidos políticos e candidatos, para fazerem campanha nas eleições. No vídeo, o filho de Bolsonaro critica a proposta, mesmo tendo votado a favor do projeto que serve de orientação para que o Orçamento da União seja elaborado pela área técnica do governo.

Antes de encerrar a última sessão deliberativa da Câmara antes do recesso parlamentar, já na madrugada da sexta-feira (16), Ramos afirmou que Eduardo Bolsonaro tem uma postura “irresponsável” e transfere responsabilidade de suas votações no Parlamento.

“O partido do deputado Bolsonaro, o líder do governo do presidente Bolsonaro, nenhum deles protestou quando da orientação da votação simbólica do destaque do Novo. É muito fácil, depois da votação simbólica, ir para rede social, dizer que votou contra e tentar transferir responsabilidades”, disse o vice-presidente da Casa.

Ele observou que a mudança aprovada no chamado fundão teve o aval da liderança do governo e do PSL.

“Não é justo e eu não admito a postura irresponsável do deputado Eduardo Bolsonaro nas redes sociais”, declarou.

“Quero dizer ao deputado Eduardo Bolsonaro que ele tenha coragem de assumir seus votos, atitudes e posturas. É muito fácil, depois da votação simbólica, ir à rede social dizer que votou contra e tentar transferir responsabilidade”, acrescentou.

Com a rejeição do destaque que pedia a supressão deste item do projeto, a LDO reservou R$ 5,7 bilhões às campanhas eleitorais de 2022, mais do que o triplo destinado ao pleito de 2018, quando foi distribuído R$ 1,8 bilhão.

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