
Recordando o 77° aniversário da Nakba – a “catástrofe”, a expulsão de 800 mil palestinos e destruição de mais de 500 aldeias e cidades palestinas na implantação do Estado de Israel em 1948 – marroquinos tomaram as ruas da capital, Rabat, e das principais cidades do país para condenar o massacre e devastação praticados pelas tropas de Netanyahu a partir de outubro de 2023
Uma multidão tomou as ruas do Marrocos para manifestar seu apoio à causa palestina e exigir o fim da campanha genocida praticada pelo regime fascista de Netanyahu, que já assassinou mais de 53 mil palestinos.
Recordando o dia da Nakba – “a catástrofe” – o 15 de maio de 1948 – os marroquinos denunciaram em 79 cidades a invasão, a ocupação e usurpação realizados por milicias judaicas a serviço da implantação de Israel grupos de judeus ultraortodoxos, que assassinaram e atearam fogo em centenas de aldeias, expulsando mais de 700 mil árabes-palestinos, segundo as próprias Nações Unidas.
De acordo com o “Comitê Marroquino de Apoio às Causas da Nação”, que coordenou os protestos, a “Operação Carruagens de Gideão”, como Israel chama o acirramento da devastação em Gaza e que os opositores israelenses denominam “Carruagens de Genocídio”, a operação militar explicita o grau de terrorismo de Estado contra homens, mulheres e crianças que resistem à criminosa ocupação e se negam a deixar sua terra ancestral enfrentando uma das mais terríveis ações de limpeza étnica da história.
Contra movimentos do governo marroquino em direção a relações diplomáticas com Israel, os manifestantes exigiram aos brados “nenhuma normalização com a agressão”.
Centenas de milhares de manifestantes foram às ruas da capital, Rabat, de Tânger, Marraquesh, Fez, Al Hoceima, Meknes, Ait Melloul, Sidi Slimane, Fqih Ben Saleh, Chefchaouen, Zaio, Ait Melloul, Oujda, Ahfir, Berkane e El Jadida, entre outras cidades do país, para expressar seu repúdio ao massacre de civis e à política sistemática de fome praticada pelos sionistas.
Durante os protestos foram erguidas bandeiras e faixas afirmando que “Não há solução exceto a saída do ocupante” e “A Palestina é uma questão de confiança, e a normalização é uma traição” foram abertas.
Israel impôs um bloqueio total à Gaza em março, após quebrar unilateralmente o cessar-fogo com o Movimento de Resistência Islâmica Palestina (Hamas), o que agravou a catástrofe humanitária na Faixa, deixando a população sem alimentos, remédios e combustíveis, demonstrando a gana de extermínio de mais de dois milhões de moradores.