
Os bolsonaristas invadiram os plenários para exigir rendição do Brasil aos EUA. Eles agiram como agentes de um governo estrangeiro que está atacando e prejudicando a economia do país
Os bolsonaristas resolveram tumultuar, nesta terça-feira (05), o Congresso Nacional em defesa das exigências descabidas de Donald Trump contra o Brasil. Como verdadeiros marionetes do governo dos Estados Unidos, que impôs unilateralmente um tarifaço de 50% aos produtos brasileiros, eles desrespeitaram a autoridade dos presidentes Hugo Motta e David Alcolumbre e ocuparam as mesas da Câmara e do Senado, impedindo votações de temas importantes para o país.
MACAQUEANDO TRUMP
O grupo está macaqueando Trump, que resolveu, de forma arrogante, interferir ilegalmente na Justiça brasileira e exigir a impunidade para os criminosos que tentaram dar um golpe de Estado no Brasil, além de planejarem matar o presidente Lula, o vice, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os bolsonaristas estão vandalizando o parlamento e repetindo as exigências de Trump. Eles viraram agentes e porta-vozes do governo dos EUA, que acha que pode se intrometer indevidamente nos assuntos internos do Brasil.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), denunciou que a oposição está impedindo os trabalhos do parlamento quando está pendente de votação um projeto que isenta o Imposto de Renda para quem ganha até dois salários-mínimos. Essa medida, já em vigor, vence na próxima segunda-feira (11) caso o Congresso não vote a proposta. “O que está em curso hoje é outro 8 de janeiro. É direito da oposição manifestar, protestar no plenário. O que eles não podem é impedir o funcionamento das Casas”, afirmou o senador.
AÇÃO ARBITRÁRIA
Diante do desrespeito dos bolsonaristas ao parlamento brasileiro, tanto Hugo Motta quanto David Alcolumbre cancelaram as sessões no Congresso nesta terça-feira. Em nota, o presidente do Senado criticou os vândalos e chamou de “exercício arbitrário das próprias razões”.
“Isto é uma ação arbitrária, inusitada e alheia aos princípios democráticos”, denunciou. “Precisamos retomar os trabalhos com respeito, civilidade e diálogo, para que o Congresso siga cumprindo sua missão em favor do Brasil e da nossa população”, acrescentou o presidente do Senado.

O tumulto no Congresso se deu porque os seguidores de Jair Bolsonaro ficaram nervosos com a decretação da prisão domiciliar na segunda-feira (04) do chefe dos golpistas. O motivo da medida foi o desrespeito de Bolsonaro às decisões do STF. O réu usou os filhos para burlar as restrições impostas pela Justiça ao uso de redes sociais e se comunicou com manifestantes que atacavam o tribunal nas ruas de Copacabana, no Rio de Janeiro.
IMPEDIRAM SESSÃO
No Senado, os provocadores ocuparam a Mesa Diretora para impedir a sessão. Eles colaram esparadrapos na boca para reforçar a alegação de Trump de que poderia estar havendo censura e perseguições políticas no Brasil. Eles anunciaram que só deixariam o local quando Alcolumbre pautasse o que o governo dos EUA está exigindo, ou seja, a votação do projeto para dar impunidade aos destruidores das sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro e o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes.
Já na Câmara, o deputado Hugo Motta publicou em uma rede social que havia determinado o encerramento da sessão de hoje e chamaria uma reunião de líderes para tratar da pauta, que, segundo ele, “sempre será definida com base no diálogo e no respeito institucional”. Mais cedo, na Paraíba, o presidente da Câmara rebateu os bolsonaristas e disse que não cabia a ele avaliar a decisão de Moraes, mas que decisões judiciais devem ser cumpridas.
“Eu penso que o legítimo direito de defesa tem que ser respeitado, que é um direito de todos, mas que decisão judicial deve ser cumprida. E é isso que nós estamos vendo, a decisão do Supremo Tribunal Federal ser cumprida. Não cabe aqui nem ao presidente da Câmara, nem a ninguém estar comentando ou na minha avaliação, tentando avaliar ou qualificar essa ou aquela decisão., disse Hugo Motta.
“02” PARTICIPOU DA PROVOCAÇÃO
Em entrevista à GloboNews, o senador Flávio Bolsonaro admitiu que está participando da provocação. Eduardo Bolsonaro, seu irmão, está nos EUA conspirando abertamente contra o Brasil e instigando a Casa Branca a sancionar o país. Ele justificou o vandalismo dizendo que tentou contatos com o presidente do Senado. “Enquanto o presidente Davi Alcolumbre não atender às nossas demandas, nós vamos permanecer aqui”, declarou o senador.