Forças populares de Donetsk, junto com as da Rússia libertaram Mariupol. Siderúrgica de Azovstal ainda tem – em seus túneis – elementos nazistas entocados. O cerco se manterá até que eles se rendam
O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, afirmou que as forças russas e de Donetsk libertaram Mariupol e que os grupos nazistas como o Batalhão Azov “estão escondidos na zona industrial da fábrica Azovstal”, que deverá ficar sob cerco até que se rendam.
Toda a área urbana da cidade de Mariupol, a décima maior cidade da Ucrânia, já foi controlada pelas forças armadas da Rússia e pelas da República Popular de Donetsk.
Para Vladimir Putin, presidente da Rússia, “o controle de um centro tão importante no sul como Mariupol é um sucesso”. Putin parabenizou as tropas russas.
A ocupação hostil da cidade estava sendo coordenada pelo Batalhão Azov, que tem inspiração nas milícias da Alemanha nazista. Atualmente, os soldados ucranianos se encontram apenas na região da metalúrgica Azovstal, que conta com túneis e abrigo antibombas.
O general Shoigu informou que Mariupol contava, no começo da guerra, com 8.100 soldados ucranianos em sua ocupação. Destes, mais de 4 mil morreram, e outros 1.478 se renderam. “Restou um grupo, de mais de dois mil, que estão bloqueados no território da fábrica Azovstal”.
Vladimir Putin determinou que os soldados russos não deverão entrar nos túneis e catacumbas que os nazistas fizeram de esconderijo sob a Azovstal.
“DEPONHAM AS ARMAS”
Os soldados russos não precisam “entrar nas catacumbas nem rastejar no subsolo destas instalações industriais. Bloqueiem essa zona industrial assim que ninguém possa entrar. Proponham a todos que ainda não depuseram as armas para depô-las”, disse.
A decisão foi tomada pensando “na preservação da vida e saúde de nossos soldados e oficiais”. Um cerco está sendo fortalecido ao redor da Azovstal de forma a garantir que “a mosca não voe”, falou Putin.
A Rússia garantiu que todos que baixarem as armas serão tratados com dignidade e os que precisarem receberão atendimento médico.
Putin tomou a decisão em resposta a um relatório produzido pelo Ministério da Defesa da Rússia, que informou que seriam necessários três ou quatro dias para o total domínio da região industrial.
O Ministério da Defesa russo registrou que Mariupol foi transformada em capital da região de Donetsk em 2014 e foi “transformada em uma fortaleza poderosa e base dos nacionalistas ucranianos de extrema-direita. Na verdade, era a capital do Batalhão Azov”.
Em 2014, o Batalhão Azov foi incorporado às Forças Armadas da Ucrânia e passou a receber financiamento direto do Estado. O grupo utiliza símbolos nazistas e realizou massacres contra a população de Donetsk.
“Uma grande quantidade de armamento pesado e tecnologia militar foi implantada na cidade, incluindo tanques, os sistemas de lançadores de foguetes múltiplos Smerch e Uragan, sistemas de artilharia pesada e os complexos de mísseis Tochka-U”.
“A cidade foi abastecida com mísseis, munições, combustível e lubrificantes e provisões de alimentos para longas hostilidades”, continuou o relatório. Mesmo assim, caiu.
Os nazistas do Batalhão Azov despejaram famílias e utilizaram prédios residenciais como pontos de tiro e como escudo contra a ofensiva russa. A Rússia organizou corredores humanitários que garantiram a evacuação de mais de 140 mil civis da cidade.
Abaixo o nazifascismo!