Em vídeo para a convenção do PSDB ela reafirma o apoio a Bruno Covas
A ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, anunciou que está se desfiliando do Solidariedade (SD).
Marta afirma que a candidatura que vai barrar o bolsonarismo em São Paulo é a de Bruno Covas, do PSDB, mas o Solidariedade declarou apoio à candidatura de Márcio França.
A ex-prefeita enviou um documento para os diretórios nacional e municipal do partido alegando que “por motivos políticos que já se tornaram públicos e amplamente divulgados” está deixando o partido e que a decisão tem “caráter irrevogável e irretratável”.
Marta Suplicy tentou costurar para que o SD apoiasse Bruno Covas, mas sem sucesso. O partido preferiu apoiar Márcio França, que tem feito acenos para agradar Jair Bolsonaro.
Ela também enviou um vídeo para a convenção do PSDB declarando apoio à candidatura do partido.
“Nesse momento eu percebo uma sombra em nossa cidade, reflexo de nossa pátria, e é exatamente a gravidade dessa situação que me levou desde o ano passado a conversar com todas as forças democráticas presentes na cidade no sentido da construção de uma frente ampla”, disse.
“É por esta razão que estou hoje apoiando Bruno Covas”.
“É um momento muito difícil para o país, com um presidente despreparado, que não respeita o cargo que ocupa, que desmonta através de ações e falas irresponsáveis os pilares do estado de direito e da democracia pela qual tanto lutamos. Na verdade, nós vivemos um retrocesso civilizatório”.
Vídeo de Marta para a convenção do PSDB:
“O Brasil tem um Ministério da Saúde sem coordenação nacional e sem ministro há meses, com um presidente que dá maus exemplos e comete atos que levaram milhares de famílias a chorarem os seus mortos. Definitivamente não é o país que sonhamos”, continuou.
No vídeo, Marta lembrou que Mário Covas, avô de Bruno Covas, e o PSDB a apoiaram em sua eleição para prefeita, em 2000, e que em 2002 ela retribuiu o apoiando para governador.
“Mesmo tendo sido adversária em muitas eleições, nós nos apoiamos quando a nossa cidade e nosso estado foram ameaçados”, lembrou.
O ex-governador Márcio França tem soltado elogios para Bolsonaro para tentar angariar seu apoio. França já disse que ele é “sincero” e também avalizou a narrativa de que foi o governo Bolsonaro que criou o auxílio emergencial de R$ 600, ao invés do Congresso Nacional. E escondeu que Bolsonaro, quando finalmente aceitou dar o auxílio emergencial, queria que o valor fosse de R$ 200 e não de R$ 600.
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