“Nossa agenda deve ser a do desenvolvimento, geração de emprego, reformas estruturantes, recursos voltados a políticas públicas de habitação, saúde, educação”, afirmou a senadora no lançamento de sua candidatura
A bancada de senadores do MDB confirmou, hoje (12), a candidatura da senadora Simone Tebet para a disputa da Presidência daquela casa legislativa.
Tebet contará com o apoio do grupo de senadores denominado Muda Senado, que sustenta a independência do legislativo em relação ao Palácio do Planalto.
A senadora tem defendido o compromisso com a proporcionalidade partidária – tanto para ocupação de espaços quanto para nomeação de relatores – e garantir um Senado autônomo nas relações com o Poder Executivo.
Diante da confirmação de sua candidatura pela bancada emedebista, Tebet afirmou que “trata-se de um entendimento, que acredito ser da maioria de senadores, de que o Senado exerça, com independência, sem perder a harmonia, de fato, o seu papel institucional e político, bem a propósito de sua própria história, quando chamado a atuar nas nossas maiores crises. A pandemia do novo coronavírus traz como reflexo uma das maiores crises econômicas dos últimos tempos”.
Ela destacou que “o Senado precisa estar cada vez mais próximo dos grandes interesses e necessidades da população brasileira. Nossa agenda deve ser a do desenvolvimento, geração de emprego, reformas estruturantes, recursos voltados a políticas públicas de habitação, saúde, educação. Essas pautas precisam estar na mesa (em 2021). A população brasileira exige respostas urgentes”.
Pelo menos, as bancadas do PSDB e do Podemos já sinalizaram a possibilidade de apoiar Tebet. Esses partidos, junto com o MDB, anunciaram, ainda em dezembro passado, a intenção de atuar como bloco partidário no Senado.
O PSL e o Cidadania também devem aderir à candidatura da senadora. Ao todo, portanto, cinco partidos (MDB, PSDB, PSL, Cidadania e Podemos), devem se somar em torno da candidatura de Tebet.
A candidatura da senadora se contrapõe ao nome do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que conta com o apoio do atual presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e do presidente Bolsonaro. Além do DEM, Pacheco teve a adesão do PT, PSD, PROS, Republicanos, PL e PSC.
Simone Tebet é filiada ao MDB desde 1997 e filha do ex-senador Ramez Tebet, histórico parlamentar da legenda, que também já presidiu o Senado Federal.
Sua atuação parlamentar tem sido, invariavelmente, de oposição ao governo Bolsonaro e na defesa intransigente da independência do parlamento brasileiro.
A eleição será no dia 1º de fevereiro e o próximo presidente para ser eleito terá que contar com os votos de 41 senadores, pelo menos, no primeiro ou no segundo turno, caso haja.