O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou que o governo está concluindo estudo para intensificar medidas para combater o crime organizado no Rio de Janeiro.
Dino informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar medidas sobre a segurança pública do Rio na semana que vem. Entre essas medidas, está o emprego de militares em fronteiras, portos e aeroportos, sobretudo na região Sudeste, para conter a violência no Rio provocada pela ação das milícias e do tráfico.
“O problema no Rio de Janeiro abrange policiamento ostensivo”, afirmou Flávio Dino para a imprensa no Palácio do Planalto após reunir-se com os ministros Rui Costa (Casa Civi), José Múcio (Defesa) e os comandantes da Marinha, Marcos Olsen, da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, e do Exército, Tomás Paiva, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o secretário-executivo do Ministério, Ricardo Cappelli.
“Mas a questão central para vencer milícias e organizações criminosas de um modo geral envolve inteligência, tecnologia e descapitalização. Esses são os eixos que o mundo inteiro reconhece como virtuosos no rompimento desse domínio territorial de organizações criminosas”, acrescentou o ministro.
“Há um estudo [sobre o emprego das Forças Armadas], que está em fase conclusiva, e será apresentado um estudo ao presidente na próxima semana visando o fortalecimento em três áreas de competência federal: fronteiras, […] portos, nesse momento inicial portos relativos à região Sudeste, e aeroportos”, disse.
“A diretriz que o presidente Lula fixou para a equipe é para nós trabalharmos esse modelo para na próxima semana ele fazer os anúncios”, informou o ministro da Justiça.
O ministro esclareceu que as Forças Armadas não atuarão nas divisas do Rio com outros Estados, mas sim na fronteira com outros países “porque isso é relevante para o tráfico de armas e de drogas que atinge o Sudeste”.
Ainda segundo ele, os anúncios a serem feitos por Lula envolvem outros itens, como a aquisição de detectores de celulares em presídios.
Flávio Dino declarou ainda que apresentou ao Planalto e à cúpula do Congresso uma lista de projetos de lei que ele gostaria que fossem votados para auxiliar na segurança pública. Entre eles, o que agrava as penas para furtos de fios de cobre e, outro, que altera normas das audiências de custódia.