Jair Bolsonaro decidiu cancelar sua visita à Polônia e à Hungria, programada para o fim de abril, diante do avanço da epidemia do novo coronavírus pela Europa.
A reprogramação da viagem pelos três países ainda não tem data definida, segundo fontes do Palácio do Planalto. Neste sábado, ele embarca para o estado americano da Flórida.
Bolsonaro anunciou a viagem à Polônia em fevereiro, ao receber a visita do chanceler polonês Jacek Czaputowicz no Palácio do Planalto. A Polônia tem apenas um caso do coronavírus confirmado. Já a Hungria não tem registros da doença.
“Visita do Chanceler polonês Jacek Czaputowicz.
– Confirmei ida à Polônia no corrente ano”, anunciou Bolsonaro pelo Twitter com uma foto dele com o primeiro-ministro polonês e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo .
Bolsonaro disse que gostaria de “esticar” a viagem para ir à Itália visitar a região de Luca, na Toscana, de onde vieram seus avós. O país tem 2.502 confirmados do covid-19, com 80 mortes.
Polônia e Hungria integram, junto com o Brasil, a chamada Aliança pela Liberdade Religiosa, lançada no mês passado nos Estados Unidos. A iniciativa é do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e tem o objetivo de atrair países governados por extremistas de direita.
As viagens de Bolsonaro pelo eixo direitista – Polônia e Hungria – vêm sendo tramadas desde o ano passado pelo ministro Ernesto Araújo e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que busca aproximação com líderes da direita no mundo.
A Polônia é governada pelo presidente da extrema-direita Andrzej Duda, do Partido Lei e Justiça, desde 2015. A Hungria pelo primeiro-ministro Viktor Orbán. Em setembro de 2019, a Itália passou a ser governada pela centro-esquerda.
Porém Matteo Salvini, do partido de extrema-direita Liga Norte, que foi vice-primeiro-ministro da Itália e ministro do Interior, diz que pretende retornar ao poder em 2020.