
Relatório de Política Monetária do Banco Central, divulgado quinta-feira (27), é uma confissão de que a sabotagem ao país está comendo solta no órgão
O Relatório de Política Monetária do Banco Central, divulgado na quinta-feira (27), não é um assunto de economia. É um caso de polícia. Ou melhor dizendo, é uma confissão aberta de que se pretende cometer um crime contra a economia do país. O objetivo real do BC é provocar uma recessão no Brasil.
Eles não dizem explicitamente, mas é nesta direção que trabalham dia e noite. Sim, porque a falácia de que a elevação das taxas de juros – como vem sendo praticada – é um instrumento adequado para controlar a inflação brasileira não é outra coisa senão isso, uma falácia. Os juros altos estrangulam o país e só derrubam inflação quando derrubam toda a atividade econômica.
A intenção deles é elevar o desemprego e arrochar salários. Para camuflar isso, o BC inventa conceitos tirados do colete, como “hiato do produto”, “produto potencial” e outras aberrações, que estão no relatório. O objetivo claro é esconder da sociedade que o que eles querem mesmo é afundar a economia brasileira. e de preferência, uma recessão.
Numa recessão, os preços realmente desabam, só que eles caem junto com toda a economia, por conta do desastre e da calamidade que isso provoca na sociedade. Com as falências generalizadas de empresas, tudo cai, o nível de emprego, de salários, o consumo, os investimentos, os moradores com casa, etc. Consegue-se então o objetivo real do Banco Central: a “paz dos cemitérios”, ou seja, a morte da atividade econômica produtiva e a generalização da miséria.
A única coisa que cresce nesse tipo de tragédia – que é o objetivo por trás da demagogia da atual direção do BC – é a especulação financeira com títulos públicos. Os especuladores ganham com o desvio de recursos da produção e da sociedade para a ciranda financeira. O BC eleva os juros e os monopólios financeiros privados, e demais agiotas, que são uma ínfima minoria da sociedade – grande parte estrangeiros – aplaudem de pé e pedem bis.
Como se já não bastasse o arcabouço fiscal criado por Fernando Haddad, impondo amarras absurdas ao crescimento da economia, o BC fabrica outras aberrações, tão retrógradas quanto, para ajudar no estrangulamento da atividade econômica do Brasil. É o caso do tal “hiato do produto”, que é, segundo o BC, a diferença entre o PIB real do país e o “PIB potencial”.
Este último conceito, o “produto potencial”, é um limite arbitrário, imposto sabe-se lá por quem, ao crescimento da atividade produtiva do país. Acima desse limite, tudo seria inflacionário. O raciocínio dessa gente é simples: quebram as empresas, cortam investimentos e o resultado é que o “PIB potencial” ficaria menor. Eles dizem que, como não há empresas ou produção, não pode aumentar o consumo. Corta-se então o consumo. Essa é a “receita”.
Aumentar os investimentos e a produção, criar empregos e melhorar a vida dos brasileiros passou a ser proibido no Brasil. Tudo isso é o que eleva tanto o PIB real quanto o tal “PIB potencial”, mas eles não admitem que o país cresça. Não querem que o Brasil faça investimentos e aumente o seu potencial produtivo. Para eles, isso é uma afronta ao “mercado”. Os recursos têm que ir para a especulação e não podem ser alocados na produção.
Com tudo isso, crescer, por exemplo, acima de 3% ao ano passou a ser praticamente proibido no Brasil. Aumentar o nível de emprego passou também a ser um grande problema para o “mercado”. O “mercado” fica nervoso e nem admite ouvir falar em aumentos de salários. Tudo causa inflação. Está tudo dito no relatório: “O hiato do produto continua em níveis positivos, pressionando assim a inflação”, diz o BC.
A conclusão lógica deles não pode ser outra a não ser a elevação ainda maior dos juros para “esfriar” a atividade econômica, que estaria “superaquecida”. Os autores desse tipo de documento não são “servidores”. Eles são sabotadores do crescimento do país. É por isso que o início do artigo fala que o relatório do órgão é um caso de polícia.
O presidente Lula até fala frequentemente o contrário de tudo isso, que o país tem que crescer e criar mais empregos, etc, mas os diretores indicados por ele para o Banco Central trabalham direto dentro do órgão contra o que defende o presidente. Lutam para impor a recessão ao Brasil. E quem gosta desse tipo de situação é o fascismo e demais reacionários que torcem para essa desastrosa política econômica seja mantida.
O documento do Banco Central é objetivo em sua meta: “a desaceleração esperada continua associada à política monetária mais contracionista [alta dos juros] e ao menor impulso fiscal [leia-se: cortes em investimentos públicos]”.
Ou seja, fazem uma ação em dobradinha: o BC sobe os juros e o Haddad corta investimentos. Com isso cai o “produto potencial”. E o presidente do BC, Gabriel Galípolo, não perde tempo. Ele promete que os juros vão continuar altos e por um longo tempo, e que sua meta é uma redução do PIB em 2025, de 2,1%, previstos, para 1,9%.
SÉRGIO CRUZ
Até quando vão roubar o Brasil e ninguém sensato toma uma providência? Lula lutando sózinho sem uma autoridade pra ageitar isso? Remando sempre contra este mar revolto vai lhe faltar as forças. É questão de tempo. O Brasil pede socorro: Socoooooooorro.