O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou que a meta do Brasil é conseguir zerar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030 e disse que a COP-30 terá como objetivo “reforçar o multilateralismo” e fazer com que os países se comprometam com a preservação ambiental.
“A meta é desmatamento ilegal zero até 2030. Inclusive recomposição da floresta com recursos que já estão sendo disponibilizados principalmente através do Fundo do Clima”, declarou o presidente em exercício.
O discurso foi feito na Reunião Ministerial Preparatória da COP-30, evento que ocorrerá em Belém (PA) entre 10 e 21 de novembro.
A Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas terá o objetivo de “reforçar o multilateralismo e o regime de mudanças do clima no âmbito da convenção-quadro da ONU”, “conectar o regime climático à vida real das pessoas” e “acelerar a implementação do Acordo de Paris por meio de estímulo às ações e ajustes estruturais em todas as instituições que possam contribuir para isso”.
Geraldo Alckmin disse acreditar “que esse esforço coletivo de cooperação entre os povos deve ser canalizado aqui nas negociações da COP-30 e concentrado nas contribuições nacionalmente determinadas (NDC) do Acordo de Paris”.
Para ele, o Brasil é “exemplo de que a transição energética é factível e rentável. Estamos comprometidos e esperamos comprometimento da comunidade internacional”.
O vice-presidente da República ainda disse que as lideranças globais devem “garantir que o progresso, seja ele científico, econômico ou tecnológico, nunca aconteça às custas do clima, da natureza ou da dignidade humana”.
“É com esse olhar que o Brasil chega à COP, como um país que acredita que ética, inovação e sustentabilidade não são caminhos paralelos, mas o mesmo caminho – o caminho da responsabilidade compartilhada pelo futuro comum da humanidade”.
Entre as metas entregues pelo Brasil à COP-30 está passar de 59% para 67% a redução de emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2030, tendo como base o ano de 2005.
“Trata-se de um plano ousado, mas realista, de corte de emissões, que prevê o crescimento econômico aliado à transição energética e à proteção das florestas, refletindo o compromisso com o desenvolvimento sustentável”, comentou Alckmin.
“O Brasil reconhece a crise climática e quer uma meta realista de emissões que concilie crescimento econômico e transição energética, com compromisso de desenvolvimento sustentável. O país tem papel fundamental nas três grandes questões do século: segurança alimentar, segurança energética e combate às mudanças climáticas”.
