Dezenas de milhares de trabalhadores de mais de 80 empresas alemãs realizaram uma paralisação na segunda-feira (8) para exigir reajuste salarial de 6%. A greve foi convocada pela central sindical IG Metall que congrega 3,9 milhões de trabalhadores do setor.
“Nossa demanda de aumento de 6% em nossos salários é mais do que justa. Os lucros das empresas estão crescendo, os cofres dos empregadores estão cheios. Oferecer apenas 2% de aumento além de impraticável é uma desgraça”, comentou Uwe Hück, presidente do conselho de trabalhadores da Porsche, durante manifestação na cidade de Stutgard.
“Os empregadores provocaram essas paralisações de advertência ao apresentarem sua proposta de aumento na mesa de negociações”, afirmou Knut Giesler, presidente da IG Metall do estado da Renânia do Norte, o mais populoso da Alemanha.
Heiner Dribbusch, assessor do sindicato dos metalúrgicos, declarou que a demanda salarial acompanha o crescimento dos lucros das empresas, a alta das ações e dos salários dos executivos. “Então, o sindicato dos trabalhadores do metal está se perguntando: quando, se não, agora?”
Além da exigência de reposição salarial, a IG Metall está pressionando pela redução da jornada de trabalho de 35 para 28 horas, conferida por dois anos aos pais de recém-nascidos ou aos trabalhadores com familiares idosos com necessidades de cuidados especiais.
GABRIEL CRUZ