“Se colocarem a reforma da Previdência em votação, o Brasil vai parar com a disposição de cada companheiro”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão. Na foto, 5 mil metalúrgicos fizeram manifestação na quarta.
Cerca de cinco mil metalúrgicos da Volkswagen em São Bernardo do Campo fizeram uma manifestação na Via Anchieta na manhã desta quarta-feira, 13, contra a reforma da Previdência. Em São José dos Campos, os trabalhadores da Embraer também realizaram assembleia na porta da fábrica.
“Se colocarem a reforma da Previdência em votação, o Brasil vai parar com a disposição de cada companheiro. A questão não é que aposentadoria a gente quer, mas que Brasil queremos para nós e para as futuras gerações”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão.
Os trabalhadores seguiram em passeata para ocupar parte da rodovia Anchieta no sentido litoral, onde foi realizada uma assembleia da categoria. O ato foi organizado pelo Sindicato, que está organizando diversas mobilizações nesta semana para impedir a votação da reforma no Congresso Nacional. Segundo o presidente, “essa proposta, aliada à reforma trabalhista, à terceirização e à PEC dos gastos condena o trabalhador a um sistema de escravidão”.
Já em São José dos Campos, os trabalhadores se reuniram para dizer não ao fim da previdência pública. “Enquanto o governo está correndo contra o tempo para aprovar a reforma, a classe trabalhadora vai à rua para dizer não a mais esse ataque. A proposta de reforma da Previdência tem de ser derrubada em sua íntegra, porque não existe um ponto sequer que beneficie o trabalhador. Por isso, voltamos a reafirmar nossa reivindicação para que a proposta nem mesmo vá para votação”, afirma o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Weller Pereira Gonçalves.
Nesta quinta-feira, 14, os metalúrgicos da Ford e da Mercedes-Benz, que também contam com fábricas em São Bernardo, devem realizar outro protesto. “Estamos aqui hoje e permaneceremos nas ruas para tentar impedir a votação no Congresso. Vamos passar a semana fazendo muito barulho contra a retirada dos direitos”, ressaltou Wagnão.