Cerca de 2 mil trabalhadores da Mitsubishi em Catalão decretaram greve por tempo indeterminado no início desta semana (16), no estado de Goiás. A categoria reivindica reajuste de salário com aumento real, participação nos lucros e resultados (PLR), abono de R$ 3.500, entre outros benefícios.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT), os operários estão realizando diversas mobilizações desde o mês de agosto, após a montadora impor a criação de uma comissão para discutir a PLR sem a presença do Sindicato. A entidade levou o caso à justiça, que determinou a retomada da negociação da Mitsubishi com o sindicato.
O sindicato explica ainda que antecipou a campanha salarial numa tentativa de barrar os efeitos da reforma trabalhista, que entre em vigor no próximo mês, e coloca em risco, direitos assegurados aos metalúrgicos.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), Miguel Torres, presente na assembleia dos metalúrgicos goianos, “é preciso compreender que sem a atuação do movimento sindical, o que irá existir é escravidão”, disse Torres, conclamando todos os trabalhadores a participarem da mobilização nacional dos metalúrgicos com protestos e greve, no dia 10 de novembro, contra a retirada de direitos da categoria pretendida pela “reforma trabalhista” e contra a reforma da Previdência. A ação conta com o apoio de 53 sindicatos do Estado de São Paulo e sindicatos de diversas regiões do país.