Os metalúrgicos de Caxias do Sul (RS) aprovaram, em assembleia na manhã desta sexta-feira (7), estado de greve contra a proposta patronal de 4,74% de reajuste. Os metalúrgicos defendem 10% de reajuste nos salários e, desde quarta-feira (5), a negociação mediada pela 4ª Vara do Trabalho, não avança.
Na manhã dessa sexta (7), os trabalhadores fizeram manifestações e protestos na entrada de algumas empresas, entre elas a Fras-Le, Marcopolo, Randon, Guerra, Ana Rech e Madal. Além do reajuste, a categoria reivindica piso regional R$ 2.300, gratuidade no transporte e auxílio-creche.
Para o presidente do sindicato, Assis Melo, é inexplicável a intransigência patronal. “Não há razões para, até agora, negar por completo qualquer reajuste que signifique de fato um aumento, que signifique valor para o trabalhador, para que nossa mão de obra qualificada tenha motivação para continuar produzindo e autoestima para continuar desenvolvendo seu trabalho”, afirmou.
Assis Melo disse ainda que “a luta do sindicato é para dar dignidade para quem trabalha”, e questiona: “Querem transformar o trabalhador em escravo ou tentar acabar com o Sindicato? Continuamos na luta pela valorização dos metalúrgicos e metalúrgicas”, ressalta.
Guimar Vidor, presidente da CTB-RS, também participou da assembleia e se solidarizou com a mobilização dos metalúrgicos. De acordo com o dirigente, há anos os trabalhadores estão vendo os seus salários serem desvalorizados e seus direitos surrupiados. “Foram anos de ataques aos nossos direitos. E vamos voltar às ruas para recuperar o que foi tirado de nós pela reforma trabalhista. Nesses últimos quatro anos, a cesta básica aumentou 60% e o nosso salário não aumentou nem 30%. Estamos aqui para manifestar o nosso apoio a essa luta. A unidade, a luta de vocês, é fundamental. E e se a classe patronal não ceder, vamos arrumar ainda mais força e fazer uma grande paralisação aqui no estado para que eles voltem a reconhecer a dignidade dos trabalhadores”, afirmou.
o trabalhador precisa entender que sua mão de obra é que alavanca os lucros do empresariado explorador e unha de fome. se os lucros bombam, nada mais justo que a mão de obra seja bem remunerada, com aumento á altura, e não esmolas como os empresários gananciosos gostam de oferecer.