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Em acordo firmado com o setor patronal da produção de autopeças, os sindicatos dos metalúrgicos de São Paulo, ligados à Força Sindical, conseguiram garantir o reajuste salarial de 11,08%, valor igual à inflação dos últimos 12 meses encerrados em outubro. O acordo beneficia mais de 50% da categoria no Estado de São Paulo.
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em outubro a inflação bateu 1,16% já no acumulado de 12 meses a soma chega a 11,08%. O INPC mede a variação dos preços que atingem as famílias com renda de um a cinco salários-mínimos.
O acordo representa uma importante conquista, em especial quando levada em consideração que o setor automotivo passa por um período de queda devido à falta de insumos para produção de peças.
Além disso, como lembra o economista responsável pela subseção do Dieese no Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, Rodolfo Viana, até setembro 49,4% dos acordos salariais não haviam garantido sequer a inflação.
“Na conjuntura atual que o País atravessa, com inflação alta e negociações salariais muito difíceis, foi fundamental a categoria metalúrgica fechar acordo que repõe as perdas com a inflação”, disse Viana.
O acordo, além de repor a inflação cheia medida, conquistou mais dois abonos totalizando 26%, com a primeira parcela paga já em novembro e a segunda em dezembro.
“Esse foi o primeiro acordo assinado em nossa Campanha Salarial. Além do reajuste salarial, conseguimos o abono de 26% e renovação da Convenção Coletiva de Trabalho”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, Josinaldo José de Barros.
Químicos
Os químicos do estado de São Paulo também garantiram reajuste salarial de 11,08%. O acordo coletivo negociado com o setor patronal já havia sido aprovado no final de setembro, mas como a data-base é em 1º de novembro faltava a definição do INPC, índice usado como referência em campanhas salariais.
A campanha salarial da categoria foi feita conjuntamente entre as federações de sindicatos ligados à CUT (Fetquim) e à Força Sindical (Fequimfar). O acordo beneficia aproximadamente 300 mil trabalhadores.