Dirigentes metalúrgicos de todo o país, integrantes do movimento Brasil Metalúrgico, reuniram-se nesta terça-feira, 19, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi, e decidiram convocar no próximo dia 29 uma Plenária Nacional dos Trabalhadores da Indústria, para barrar o fim dos direitos trabalhistas e previdenciários e em repúdio às medidas antipopulares do governo Temer e Congresso Nacional.
Os trabalhadores estão reunidos para impedir que as Convenções Coletivas que acontecem neste segundo semestre sejam assinadas de acordo com a reforma trabalhista de Temer, reduzindo direitos. Com o lema “nenhum direito a menos”, os metalúrgicos vão brigar em cada fábrica para que a CLT permaneça como o modelo dos acordos, sem que os benefícios conquistados sejam retirados.
“Nosso objetivo, a partir deste movimento unificado dos metalúrgicos de todas as centrais sindicais e tendências, é fazer uma Plenária Nacional ampliada, com representantes de outras categorias da indústria, em uma forte luta de resistência contra as medidas impopulares, em defesa do futuro do País, pela retomada do desenvolvimento, com geração de emprego, respeito aos direitos, trabalho decente e investimentos sociais”, disse Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos).
O movimento Brasil Metalúrgico reúne trabalhadores de todo o país, filiados as centrais Força Sindical, CTB, CSP/Conlutas, CUT, UGT, CSB e Intersindical. A reunião também fez um balanço do Dia Nacional de Luta, Protestos e Greves realizado no ultimo dia 14.
“Foi uma jornada unitária em que todas as entidades sindicais metalúrgicas se mobilizaram com palavras de ordem comuns e uma estratégia orientada a reforçar, nas campanhas salariais, o peso das atuais convenções não se admitindo nenhum direito a menos e a prevalência da famigerada lei da deforma trabalhista”, aponta a nota da Fitmetal (Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil) sobre o dia de lutas.