Em meio à tentativa do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de privatizar o Metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) – o que tem gerado grande resistência, especialmente entre entidades sindicais e trabalhadores contrários à privatização –, uma pesquisa divulgada pela BBC Brasil, no último dia 5, mostra que em grandes capitais e importantes cidades do mundo o sistema de transporte é administrado pelo poder público.
Entre elas estão as cidades de Londres (Inglaterra), Paris (França), Chicago (EUA) e Berlim (Alemanha), que têm o sistema de metrô totalmente gerido pelo Estado. O metrô de Berlim, por exemplo, é controlado pela estatal Berliner Verkehrsbetriebe, e o S-Bahn, sistema de trens rápidos da capital alemã, é gerido pela Deutsche Bahn AG, cujo principal acionista é o governo.
O metrô de Londres é administrado pela empresa pública Transport for London (TfL), e de Paris, um dos mais movimentados do mundo, operado pela estatal RATP.
Outro exemplo citado é o metrô de Tóquio, operado por duas empresas: a Tokyo Metro (controlada pelo governo federal e a prefeitura da capital japonesa) e a Toei Subway, administrada pela Tokyo Metropolitan Bureau of Transportation, uma agência do governo metropolitano de Tóquio.
Algumas cidades adotam sistemas compostos, ou “paraestatais”, como na Cidade do México, onde o metrô é administrado por uma autarquia; ou ainda como no caso de Nova York, nos Estados Unidos, gerido por uma corporação de utilidade pública, que opera como uma empresa privada, com um conselho de administração nomeado por funcionários eleitos e são semelhantes a agências governamentais.
De acordo com a pesquisa, casos em que o sistema de metrôs e trens estão nas mãos da iniciativa privada são pouquíssimos. A matéria cita como exemplo os metrôs de Buenos Aires e Rio de Janeiro.
O metrô do Rio, privatizado desde 1998, tem a passagem mais cara do país (R$ 6,90 o bilhete simples) e, em termos de extensão, com apenas 54,4 Km, fica atrás de outras capitais menos populosas como Recife (71 Km de extensão) e Fortaleza (56,8 de extensão).