Todas as estações do Metrô de Recife (PE) amanheceram fechadas nesta segunda-feira (3), em virtude da greve dos metroviários. A categoria protesta contra o sucateamento do Metrô e a tentativa de entrega do sistema à iniciativa privada, anunciada pelo governo federal. A greve, decidida em assembleia na quinta-feira (30), é por tempo indeterminado.
Liderados pelo Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (SindMetro-PE), os trabalhadores reivindicam a liberação imediata de recursos para a modernização da frota, a manutenção da estrutura e a melhoria das condições de trabalho e a não privatização.
De acordo com o sindicato, o Metrô do Recife, que atende a cerca 170 mil passageiros diariamente, opera sob risco para os passageiros e funcionários.
O SindMetro-PE afirma que a decisão pela greve aconteceu após meses de tentativa de diálogo com o governo federal e a CBTU para discutir o processo de privatização em curso.
“Nossa mobilização cresce a cada dia, para mostrar que privatização não resolve nada. Presidente Lula, o povo pernambucano está ao nosso lado e exige um metrô público, acessível e de qualidade. Não aceitamos passagens mais caras, serviço precarizado e demissão de trabalhadores”, afirma o presidente do Sindmetro-PE e da Fenametro. Luiz Soares
A fala do presidente do sindicato refere-se ao que aconteceu com a privatização do Metrô de Belo Horizonte (MG), quando, logo após a privatização, o preço da tarifa saltou de R$ 4,25 para R$ 5,80, além da piora nos serviços e demissões de trabalhadores.
Hoje pela manhã, Luiz Soares foi detido quando estava no Centro de Manutenção de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Ele foi liberado horas depois.
“Luiz Soares foi autuado enquanto cumpria seu papel legítimo de liderança sindical, dialogando com os trabalhadores e defendendo o metrô público e a greve por tempo indeterminado”, afirmou o sindicato em nota.
											
								
								








