Os metroviários de São Paulo aprovaram em assembleia, na terça-feira, 28, a adesão à Greve Geral do dia 5 de Dezembro, convocada pelas Centrais Sindicais contra os ataques de Temer à Previdência. Segundo o Sindicato, é preciso barrar de todas as formas possíveis o desmonte da Previdência, pois “ao contrário do que diz a intensa e milionária propaganda do governo, a nova proposta de Temer não corta privilégios, como as altas aposentadorias dos parlamentares. A reforma ataca apenas os trabalhadores, que terão de trabalhar até morrer, sem conseguir se aposentar”.
Além dos metroviários, outras categorias do transporte também aderiram à paralisação no estado, como os sindicatos rodoviários de Sorocaba, condutores de São Paulo, Guarulhos, Vale do Ribeira e ferroviários.
A greve também promete atingir os metroviários no resto do país. A Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários) emitiu um comunicado reforçando as “orientações aos Sindicatos dos trabalhadores metroferroviários pelo país e ressalta a importância dos trabalhadores do transporte na construção dessa greve. No dia 6, o governo Temer pode sofrer uma derrota no Congresso Nacional, mas a maior garantia disso é a pressão do povo trabalhador organizado”.
Até esta sexta-feira, também decidem sobre a greve os trabalhadores de Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Belo Horizonte (MG). Em Brasília (DF), a categoria já está em greve e segue em defesa do Acordo Coletivo.
“Não podemos deixar passar esse ataque aos direitos dos trabalhadores. A reforma trabalhista já está em vigor e precisamos denunciá-la e exigir sua revogação, além de também barrar a votação da reforma da Previdência. É importante que os metroviários se somem e a nossa batalha é para mobilizarmos todos e fazermos um movimento massivo em toda São Paulo”, destacou Altino Prazeres, dirigente da Fenametro.