“Ele conseguiu criar neste país uma situação em que uma parcela da sociedade está raivosa, com ódio, mentirosa e espalha fake news o dia inteiro”, acrescentou o ex-presidente. Ele se solidarizou com os policiais feridos
Em entrevista neste domingo (23) de manhã em São Paulo, o ex-presidente Lula comentou sobre o episódio envolvendo o ex-deputado Roberto Jefferson que, após agredir a ministra Cármen Lúcia, do STF, atirou em agentes da Polícia Federal ao resistir à prisão.
Lula lamentou o que está ocorrendo no país e credita o aumento da violência ao discurso que está sendo estimulado por seu adversário. “Não é possível. Ninguém tem o direito de utilizar os palavrões que ele utilizou contra uma pessoa comum, muito menos contra uma pessoa que exerce um cargo de ministra da Suprema Corte”, disse Lula, sobre os ataques do aliado de Bolsonaro à ministra.
“Eu fui informado, apesar de ainda estar muito incipiente, de que Roberto Jefferson não só atirou como usou granada. Ele teria jogado granada nos policiais. Eu nunca vi uma aberração e uma cretinice destas”, prosseguiu o ex-presidente. Ele destacou que é contra isso tudo que o povo deve votar em 30 de outubro.
“Isso é fruto do que estabeleceu o meu adversário no país”, apontou Lula. “Ele conseguiu criar neste país uma situação em que uma parcela da sociedade raivosa, com ódio, mentirosa espalha fake news o dia inteiro”, acrescentou. Lula advertiu que “pouco importando a ele se um filho seu está ouvindo a mentira ou não. Ou seja, é um desrespeito pela sociedade”, completou o ex-presidente.
Assista um trecho da entrevista
“Isso tudo que estimulado pelo meu adversário é o gera o comportamento do ex-deputado Roberto Jefferson, assim como o de outras pessoas”, disse Lula. “Não é a primeira violência, eu tenho visto pela imprensa, padres sendo ofendidos, sendo atacados, pastores sendo atacados, evangélicos sendo proibidos de entrar na igreja, ou seja, é uma máquina de destruição dos valores democráticos”, denunciou o ex-presidente.
Lula usou suas redes sociais para se solidarizar com os policiais feridos. “Minha solidariedade ao delegado Marcelo Vilella e a policial Karina Lino Miranda Oliveira, feridos quando estavam apenas exercendo seu dever. Torcendo pela rápida recuperação. A democracia e a civilização vencerão a barbárie”, disse o ex-presidente em seu twitter.
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