A Procuradoria Geral da República do México, PGR, localizou mais detalhes sobre lavagem de dinheiro envolvendo o candidato do Partido de Ação Nacional (PAN), Ricardo Anaya.
Na audiência de 10 de abril, realizada pelo Centro de Justiça Penal Federal, na cidade de Querétaro, foi ouvido Luis López, motorista do empresário, Manuel Barreiro, também filiado ao PAN. López confessou que serviu de laranja a este a e a Anaya em operação de lavagem de dinheiro.
Com as informações prestadas por López “fica robustecido o conjunto de informações que integrará a ação penal contra os integrantes do esquema de lavagem”, afirmou o procurador à juíza presente à audiência, Nancy de los Santos.
Segundo o que foi revelado nas investigações, quando Anaya foi secretário particular do governador Garrido Patrón (2003-2009), adquiriu um terreno baldio das mãos do motorista por 11 milhões de pesos (2,2 milhões de reais). O terreno obteve benefícios e ali foi construído um galpão industrial, posteriormente vendido ao empresário Barreiro, por 54 milhões de pesos (perto de 11 milhões de reais). A compra do galpão foi feita pela empresa de Barreiro, Manhattan Máster Plan.
López, que não tinha, de fato os recursos para tais transações, disse que assinou papéis a pedido e em confiança ao patrão, Barreiro.
Todo o processo corroborou a tese do envolvimento de Anaya em crime de lavagem de dinheiro. Após a audiência, a juíza determinou que o galpão seja encampado pelo Estado de Querétaro. As investigações prosseguem.
Anaya, enquanto deputado apoiou medidas privatistas do presidente Peña Nieto, inclusive a Reforma Energética que, mudou a Constituição do México para permitir a privatização da Pemex, estatal mexicana do petróleo.