México, Argentina e Brasil se negam a condenar operação russa em encontro de Ministérios da Defesa

Posição russófoba instigada por Washington sofreu restrições (Reprodução)

Ministérios da Defesa do México, Argentina e Brasil apresentaram ressalvas à redação proposta por Washington que rejeita presença militar russa na Ucrânia, sem considerar provocações como o avanço de tropas da Otan em direção as fronteiras da Rússia

O Brasil, a Argentina e o México apresentaram ressalvas à declaração da Conferência de Ministros de Defesa da América (CMDA) e não condenaram a operação da Rússia na Ucrânia, apontando a Organização das Nações Unidas (ONU) como fórum adequado para debater o tema.

A 15ª CMDA foi realizada em Brasília e foi palco de debates sobre temas relativos à segurança dos países americanos.

No documento final do encontro, a Declaração de Brasília, os países que seguiram os Estados Unidos na reunião incluíram um trecho criticando a operação da Rússia na Ucrânia, sem qualquer análise sobre o conflito e suas motivações, centralmente a expansão da Otan em direção à Rússia.

O Brasil, a Argentina e o México apresentaram ressalvas ao trecho, apresentaram ressalvas não compactuando com as críticas feitas pelos Estados Unidos direcionadas à Rússia.

O México reconhece que “não corresponde ao âmbito da CMDA, visto que, em base à compatibilidade dos princípios de política exterior do México, não é possível aderir seu conhecimento”.

O Brasil e a Argentina afirmaram que “reconhecem o papel da Organização das Nações Unidas (ONU) na busca pela paz e segurança internacionais e consideram aquela organização o foro com mandato adequado para tratar o conflito na Ucrânia”.

Por outro lado, o “Canadá, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Haiti, Paraguai e República Dominicana reiteram sua reprovação de maneira incisiva sobre a invasão ilegal, injustificável e não provocada da Ucrânia”.

Mais uma vez, os Estados Unidos, que lideram a Otan e provocam sua expansão para próximo do território da Rússia, dizem que a guerra é “não provocada”.

A Declaração fala que se espera uma “solução pacífica”, enquanto os Estados Unidos e demais países da Otan continuam doando armas para a Ucrânia, inclusive de ataque e com capacidade de atingir cidades russas, e jogando lenha na fogueira.

A Rússia já mostrou disposição para dialogar e negociar, colocando como pauta principal a não entrada da Ucrânia na Otan, mas o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, segue as orientações de Washington e se recusa a negociar.

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Respostas de 2

  1. Vao enviar tropas da otan para invadir a Russia? é melhor nao cutucar o diabo com vara curta, os EUA deveriam para ter moral abandonar Guantanamo e outras areas de ocupaçao e favorecer a liberdade do territorio Palestino, ja pensaram nisso

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