Andrés Manuel López Obrador, candidato da coalizão Juntos Faremos História – integrada pelo movimento Morena, Partido do Trabalho e Encontro Social – é o favorito para vencer a disputa pela presidência do México. Ele começou a campanha presidencial reafirmando seu compromisso de acabar com a corrupção, a impunidade e defender a soberania do país.
“O México e seu povo não vão ser peteca de nenhum governo estrangeiro”, assegurou, exigindo respeito ao presidente estadunidense Donald Trump, que ameaçou pôr o Exército na fronteira, eliminar um acordo comercial, reprimir os imigrantes e, para isso, levantar um muro entre ambos países. “Reiteramos que os problemas sociais não se resolvem com muros nem com a militarização da fronteira, mas com desenvolvimento e bem-estar”, frisou.
O candidato presidencial nas eleições que serão realizadas em 1º de julho próximo, sublinhou sobre o tema energético que seu compromisso é de suspender a entrega a multinacionais dos campos petrolíferos em terra e águas rasas, assim como toda ação que implique na privatização petroleira e elétrica.
Além disso, reiterou sua determinação de que “aos três anos de ter chegado ao governo, vamos deixar de comprar gasolina no estrangeiro. Isso será assim porque vão ser reabilitadas as seis refinarias existentes, paralisadas por uma política antinacional, e construídas mais duas”.
Disse que estas últimas serão edificadas, uma na localidade de Atasta, município de Carmen, Campeche, e a segunda no porto Dos Bocas, em Paraíso, Tabasco.
“Não vamos mais vender petróleo cru ao estrangeiro. Vamos processar toda a matéria prima em nosso país para baixar o preço dos combustíveis”, enfatizou.
López Obrador destacou que não existe nenhuma justificativa para que a gasolina no México esteja mais cara que nos Estados Unidos e, inclusive, do que em outros países, como Guatemala, que não tem petróleo.
“Tudo isso é gerado pela corrupção que impera no setor energético.
López Obrador disse que seu governo deixará de ser uma fábrica de novos ricos, porque não haverá oportunidade de fazer negociatas ao amparo do poder.
A média das pesquisas realizadas coloca Andrés Manuel López Obrador na frente, com mais de 41% dos votos, seguido de Ricardo Anaya do Partido da Ação Nacional , PAN, com (28%) e José Antonio Meade do Partido Revolucionário Institucional, PRI, com (22%). Faltam ainda três meses até a votação presidencial, mas o candidato do Morena conta com 14 pontos de vantagem e é hoje o favorito claro.
O México realizará uma eleição que está sendo qualificada pelos observadores como a maior da história. Serão eleitos o presidente, 128 senadores, 500 deputados, 9 governadores estaduais, incluído o prefeito da Cidade do México, 928 deputados estaduais em 27 Assembleias regionais, e milhares de cargos locais. 90 milhões de mexicanos têm direito a se pronunciar em um 150.000 urnas eleitorais.