
Somada à declaração de Trump de que “o México e o Canadá fazem o que dizemos que façam” e à movimentação extraordinária de navios de guerra – e até de submarino nuclear -, presidente foi incisiva na defesa da soberania
“Nossa opinião sempre será a da autodeterminação dos povos, não apenas no caso do México, mas em todos os países da América Latina e do Caribe. Há colaboração, coordenação e organismos internacionais para resolver conflitos, mas nunca intervencionismo”, afirmou a presidente Claudia Sheinbaum, sexta-feira (15), ao ser informada de uma movimentação extraordinária de navios estadunidenses no Caribe.
De acordo com a presidente, os dados foram repassados pela Marinha ao Gabinete de Segurança da Presidência, que alertou sobre a presença extraordinárias de embarcações dos EUA, principalmente entre a América Central e a América do Sul.
Respondendo à declaração de Donald Trump de que “o México e o Canadá fazem o que dizemos que façam” em matéria de segurança fronteiriça, Sheinbaum reiterou a necessidade de que se privilegie o diálogo e o respeito mútuo. Quanto à soberania do México, voltou a esclarecer Trump que a soberania do seu país não está em questão, atribuindo a baboseira do presidente dos EUA um estilo próprio e bem pouco popular.
Para deixar bem claro, Sheinbaum repercutiu nas redes sociais que “o único que governa no México é o povo”, assinalando que este é o princípio “tão simples quanto importante”.
Alegando combater os cartéis de drogas, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos ordenou o envio de força aérea e naval para o sul do Mar do Caribe, numa nova ação provocativa.
Segundo as Forças Armadas dos EUA são mais de 4.000 fuzileiros navais ao redor da América Latina e do Caribe como parte de um esforço intensificado para combater cartéis de drogas (sic!) em uma “demonstração dramática de força que dará ao presidente uma ampla gama de opções militares” para atacar, disseram autoridades militares norte-americanas à CNN.
Para deixar evidente sobre o que Trump está falando, compõe a força de ataque um submarino com propulsão nuclear, uma aeronave de reconhecimento P8 Poseidon adicional, vários contratorpedeiros e um cruzador de mísseis teleguiados.
na verdade é uma forma de inviabilizar o sul global, atacando as mercadorias, afundando navios de alimentos.