O governo de estado de Minas Gerais decidiu parcelar a primeira parte do salário dos servidores públicos estaduais, que já estava parcelado em três vezes. Com a medida, o governo “parcelou a parcela” de 53% dos servidores.
Os funcionários do estado mineiro estão enfrentando dificuldades com o recebimento de seus salários desde fevereiro de 2016, quando os vencimentos começaram a ser parcelados. No final do ano passado as parcelas começaram a atrasar, e agora chegaram ao cúmulo de dividirem a primeira em três.
Segundo a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) 47% dos servidores receberam a primeira parcela dos vencimentos no dia 13 de junho, como era previsto. O restante não recebeu nada no dia 13, apenas na sexta-feira, 15, quando o governo depositou R$ 1.500,00 na conta dos servidores ativos. Para os inativos, serão R$ 1.000,00 a serem depositados na terça-feira, 19.
A primeira parcela deveria ser de R$ 3.000.
Ainda de acordo com a SEF, “os depósitos dos demais valores [equivalentes à primeira parcela] continuarão sendo feitos à medida que o fluxo de caixa for se normalizando”, ou seja; não há previsão de pagamento.
Ainda assim, a SEF declarou que a segunda e terceira partes dos vencimentos, previstas para os dias 25 e 29 de junho, respectivamente, devem ser pagas em dia.
Seguindo à lógica do governo federal, o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), também resolveu que a greve dos caminhoneiros é motivo para qualquer problema que a administração possa vir a ter, e alega que “devido ao reflexo do movimento de paralisação nacional dos caminhoneiros, a arrecadação tributária do estado sofreu uma redução de R$ 340 milhões em relação à expectativa para os primeiros 11 dias de junho”, o que resultou no “parcelamento das parcelas”.