Os servidores públicos de Minas Gerais condenaram a repressão à manifestação dos professores cometida pela Polícia Militar durante ato pacífico, na semana passada (28/03). Os professores estão em greve desde o dia 8 de março e reivindicam o cumprimento de acordo de reajuste salarial firmado em 2015.
A manifestação pacifica ocorria em Igarapé, região metropolitana de Belo Horizonte, e contava com centenas de professores, até o momento em que as tropas da Polícia Militar, a mando do governador e sem nenhuma postura de diálogo, começou a repressão. Foram utilizadas balas de borracha, bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo, e vários professores e professoras ficaram feridos.
A categoria exige de Pimentel o cumprimento do acordo firmado em 2015, que previa reajustes em 2016, 2017 e 2018. Além disso, parte dos salários foi parcelada e, mesmo assim, foi paga com quatro dias de atraso.
Para Victoria Melo, professora e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (SindUTE-MG), “o governo de Pimentel do PT segue a mesma lógica dos governos do PSDB, PMDB e de outros que usam a lei de responsabilidade fiscal para impedir o reajuste para os servidores públicos, mas garantem o pagamento de juros para os grandes bancos e empresários. A repressão desencadeada ontem contra os professores é um absurdo”. Além disso, os mineiros vêm a vitória dos professores contra o Sampaprev de João Dória com bons olhos, “a vitória da greve dos servidores municipais de São Paulo nos deixou muito eufóricos”.
O SindUTE pediu para que os deputados estaduais abrissem um requerimento para uma audiência pública na qual fosse discutida a ação truculenta da PM. O requerimento cita ação “abusiva, com uso de força desproporcional e utilização de balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogênio, ferindo diversos manifestantes”.
A próxima assembleia da categoria acontecerá no dia 4 de abril, quarta-feira, e discutirá os próximos passos do movimento.
Parece que está voltando o tempo dos capitães do mato.
É necessário acabar com o cargo do governador ser comandante de tropas… o puxa saquismo para galgar promoções , substituir para concursos.