
A esposa de Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, chamou o “padre” Kelmon, que foi candidato pelo PTB de Roberto Jefferson à Presidência, de “padre mais amado do Brasil”.
Em seguida à fala da primeira-dama, Kelmon furou o bloqueio da Polícia Federal e foi estar com Roberto Jefferson dentro do bunker onde estava encafuado. Jefferson jogou duas granadas e disparou 50 tiros de fuzil contra agentes.
Segundo a PF, além de furar o bloqueio, Kelmon contaminou provas pegando algumas armas e levando para a PF no portão.
Michelle Bolsonaro publicou um vídeo, no qual está abraçando a ex-ministra e outras bolsonaristas, comemorando o aniversário de Kelmon.
Damares Alves falou que “foi o dia inteiro de festa”. Depois de cantarem parabéns, Michelle Bolsonaro chama Kelmon de “o padre mais amado do Brasil”.
O suposto padre apareceu faltando menos de um mês para as eleições como candidato do PTB à Presidência, depois que Roberto Jefferson foi impedido de concorrer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ser ficha suja.
Kelmon foi usado como escudo por Jair Bolsonaro no debate presidencial na Globo, há três dias do primeiro turno. O “padre” gastou as perguntas possíveis para Jair Bolsonaro, impedindo que outros candidatos o confrontassem, além de atacar Lula fora de seu momento de fala para tirá-lo do sério.
A ex-candidata Soraya Thronicke o chamou de “padre de festa junina”, visto que ninguém o conhece e nenhuma Igreja reconhece seu trabalho religioso.
O bolsonarista e presidente do PTB estava em prisão domiciliar, mas teve acesso a granadas e fuzis, que foram usadas contra agentes que cumpriam um mandado de prisão.
Depois do escândalo, Jair Bolsonaro fingiu que não tinha nada a ver com isso. Chegou a falar que sequer havia uma foto dele com Roberto Jefferson, o que é deslavada mentira.