Flávio homenageou e foi padrinho político do assassino profissional, Adriano de Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio, e coordenador do Escritório do Crime, espécie de central de assassinatos por encomenda da milícia
O anúncio do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o “rei da rachadinha”, de que vai disputar a eleição presidencial de 2026 provocou furor nas hostes milicianas. Além de já terem se infiltrado em alguns governos de estado, agora vislumbram o Planalto. O senador, além de ter ficado famoso com o escândalo das rachadinhas em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Estado, quando ele era deputado estadual, foi um dos mais ferrenhos defensores das milícias que aterrorizam a vida da população da capital e do interior do Rio de Janeiro.
Flávio homenageou pessoalmente com a Medalha Tiradentes, a maior honraria do estado do Rio de Janeiro, Adriano da Nóbrega, um assassino profissional e chefe da milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste da capital. Ele entregou a medalha pessoalmente a Nóbrega dentro da cadeia. O miliciano se tornou chefe do Escritório do Crime, uma espécie de central de assassinatos por encomenda da milícia. Ele era cúmplice de Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco. A ligação de Flávio com o assassino era tão intensa que a mulher e a mãe de Adriano da Nóbrega eram funcionárias fantasmas em seu gabinete.
O defensor das milícias e dos grupos de extermínio disse que vai disputar a eleição a pedido do pai, Jair Bolsonaro, que está preso na Polícia Federal, em Brasília, condenado a 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado e planos para assassinar autoridades, entre elas o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Jair Bolsonaro está impedido de disputar as eleições após as condenações pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Flávio só não foi parar na cadeia com o escândalo das rachadinhas porque seu pai foi para o Planalto e os dois usaram de artimanhas e manobras jurídicas para obter foro privilegiado e escapar das garras da Justiça nas instâncias que o investigavam no Rio de Janeiro. Deram foro privilegiado ao criminoso. Jair Bolsonaro perseguiu superintendentes da PF, agentes que fizeram as investigações e servidores da Receita Federal para acoitar o filho. As ameaças visaram parar as investigações dos crimes do então deputado estadual, entre eles formação de quadrilha, roubo dos cofres públicos e lavagem de dinheiro.
Além do envolvimento com milícias e defesa de grupos de extermínio, Flávio Bolsonaro também conspirou junto com seu irmão, o “bananinha”, contra a economia do Brasil. Eles trabalharam pelas tarifas dos EUA contra o Brasil e sanções contra autoridades da Poder Judiciário. Recentemente Flávio defendeu que Donald Trump fizesse com o Brasil o mesmo que está fazendo contra a Venezuela e bombardeasse a Baia de Guanabara com o pretexto de combater o narcotráfico. Ele também foi um apoiador entusiasta das sanções do governo americano aos produtos e autoridades brasileiras.
O governo Lula defendeu o Brasil e mostrou a Trump que a soberania do país será defendida a qualquer custo e que ela não está em negociação. A firmeza com que o presidente atuou, levou Trump a recuar de suas ameaças e ataques ao Brasil. Ele foi obrigado a retirar as sobretaxas sobre vários produtos brasileiros, mas o governo Lula insiste e quer que esse absurdo de sobretaxar o Brasil seja totalmente retirado. O plano de Flávio e Jair Bolsonaro de voltar ao Planalto visa entregar o Brasil e se submeter aos desmandos da direita americana. Eles são traidores da pátria e querem prejudicar o Brasil para bajular Trump.
Em que pese a comemoração entusiástica das milícias e de outros criminosos com a notícia da candidatura do “rei das rachadinhas” ao Planalto, a reação não foi tão favorável entre os outros pretendentes ao cargo em disputa. Houve uma grande irritação entre os pré-candidatos que se arvoravam a substituir o condenado, que está inelegível. Ronaldo Caiado, por exemplo, disse que manterá a candidatura assim mesmo e o governador Tarcísio de Freitas, teria, segundo as informações, recebido a notícia do próprio Bolsonaro. Em telefonema Tarcísio ficou sabendo que é carta fora do baralho. No governo, a notícia foi recebida com indiferença.
SÉRGIO CRUZ










