Os números oficiais do Cadastro Geral de Emprego (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgados nesta sexta-feira (26), revelando que foram fechadas só em dezembro 328.539 vagas de emprego com carteira assinada, é o retrato da devastação que o Brasil está sofrendo por conta da política desastrosa de Temer e sua equipe. No ano de 2017 o saldo de empregos ficou negativo em 20.832 vagas. Esses números são uma ducha de água fria na marketagem do Planalto de que estaria havendo uma recuperação da economia.
A análise por setor é ainda mais dramática. A construção civil foi literalmente destroçada pela recessão e juros altos. Foram fechados 103.968 postos no ano passado. A indústria de transformação foi outro setor bastante atingido pela política pró-bancos que vem se intensificando desde 2013 e sufoca o país inteiro. Foram fechados 19,900 postos de trabalho em 2017.
Esse ano foi o terceiro consecutivo com perda de vagas formais. Em 2015 e 2016, respectivamente, foram fechados 1,53 milhão e 1,32 milhão de vagas. Com o corte de vagas em 2017, o Brasil fechou o ano com um estoque de 38,29 milhões de empregos formais existentes. Esse é o estoque mais baixo desde o final de 2011, quando 38,25 milhões de pessoas ocupavam empregos com carteira assinada no país. Ao final de 2016, o Brasil tinha 38,32 milhões de pessoas trabalhando com carteira assinada.
O setor agropecuário manteve-se postivo com a criação de 37.004 vagas. Este dado confirma a primarização cada vez maior da economia brasileira. Comércio e o serviço também tiveram um saldo pos29itivo com a criação de 40.087 e 36.945 vagas formais respectivamente. Os serviços Industriais de Utilidade Pública, que corresponde a comércio, comunicações, instituições financeiras, administrações públicas, aluguéis, outros serviços, fecharam 4.557 vagas. Por fim, o serviço público fechou 575 vagas no ano.