O Ministério Público da Itália se posicionou de maneira favorável à extradição da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). Ela foi condenada no Brasil por invadir o sistema eletrônico da Justiça.
A própria Advocacia-Geral da União (AGU), que é o órgão responsável pelo pedido de extradição, informou sobre o parecer do Ministério Público da Itália.
Agora cabe ao Tribunal de Apelação da Itália decidir sobre a extradição.
Ela está presa desde 29 de julho. A Justiça italiana entende que existe um “grave risco de fuga” caso ela fique solta.
Carla Zambelli fugiu do Brasil em junho, cerca de 20 dias depois de ter sua prisão preventiva decretada e ser condenada no Supremo Tribunal Federal (STF) no caso da invasão do sistema da Justiça. Neste processo, a sentença foi de 10 anos de prisão.
O mesmo processo levou à prisão o hacker Walter Delgatti, que foi contatado por Carla Zambelli para que invadisse o sistema da Justiça brasileira para trocar documentos e atrapalhar processos.
A outra condenação de Carla Zambelli é por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento, crimes que renderam uma sentença de 5 anos e 3 meses de prisão.
Na véspera do segundo turno das eleições de 2022, a deputada perseguiu, armada, um apoiador de Lula, o jornalista Luan Araújo.
Em um evento, ela chegou a ser cobrada pelo próprio Jair Bolsonaro, que colocou na repercussão das imagens da perseguição a culpa por sua derrota nas eleições.