O Ministério Público Federal (MPF) denunciou Sara Fernanda Giromini por injúria e ameaças contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Sara “ofendeu o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, atingindo-lhe a dignidade e o decoro, utilizando-se de meio que facilitou a divulgação das injúrias; bem como ameaçou o ofendido de causar-lhe mal injusto e grave”, disse o procurador Frederick Lustosa, que assinou a denúncia.
Sara Giromini é organizadora do grupo fascista “300 do Brasil”, que esteve acampado perto do Congresso Nacional para fazer manifestações pedindo o fechamento da Casa e do STF. Ela está presa, desde a segunda-feira (15), por ter bombardeado o prédio da Corte com fogos de artifício.
O grupo realizou, também em frente ao STF, uma manifestação carregando tochas e usando capuzes, imitando a Ku Klux Klan e os nazistas.
A denúncia feita pelo MPF diz respeito a uma postagem que ela fez nas redes sociais, no dia 29 de maio, falando que iria “infernizar” a vida do ministro Alexandre de Moraes. “O senhor vai sair. Por bem, por mal. Quando eu digo mal, algo que se chama coerção civil”, disse ela.
“Se estivesse aqui, eu tava na porta da casa dele, convidando ele para trocar soco comigo. Juro por Deus, eu queria trocar soco com esse filho da puta desse arrombado. Infelizmente eu não posso. Mas eu queria. Ele mora lá em São Paulo, né? Você me aguarde, Alexandre de Moraes. O senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor”, ameaçou a bolsonarista.
Ela tinha sido alvo, naquela semana, de uma operação de busca e apreensão determinada por Alexandre de Moraes, que é relator do inquérito das fake news. A PF também investigou locais ligados a empresários, como Luciano Hang, dono das Lojas Havan, e blogueiros.
Sara Giromini adotou o nome “Sara Winter” por conta da espiã nazista britânica Sarah Winter née Domville-Taylor, que foi membro da União Britânica dos Fascistas e era uma “amiga chegada” de Hitler.
Relacionadas: