A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Sara Giromini para que ela fosse liberada da prisão.
Ela e outros integrantes do grupo fascista “300 do Brasil” estão presos desde segunda-feira (15) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
O despacho com a decisão da ministra não foi divulgado.
Sara e os outros presos do grupo promoveram arruaças na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e atacaram com bombardeio de fogos de artifício o prédio do STF no sábado (13). Apesar de ter “300” no nome, o grupo é reduzido, não mais que duas dezenas de pessoas.
Num determinado momento, o grupo tentou, inclusive, invadir o Congresso Nacional depois de subir a rampa que dá acesso à parte superior das duas casas.
Os integrantes do grupo foram impedidos pela polícia legislativa, acionada prontamente pelo presidente do Senado, David Alcolumbre (DEM-AP). À noite, atacaram o STF.
O ministro Alexandre de Moraes determinou as prisões como parte das investigações do inquérito – aberto a pedido da Procuradoria Geral da República – que apura a organização e o financiamento de atos antidemocráticos.
A prisão é temporária – tem prazo de cinco dias e pode ser renovada pelo mesmo período.
Sara Giromini foi transferida da Superintendência da Polícia Federal para um presídio feminino em Brasília nesta quarta-feira (17).
Na terça (16), Giromini e outros três presos foram levados para prestar depoimento, mas ficaram calados.
A Polícia Federal ainda tenta prender outros dois integrantes do grupo que estão foragidos.
Giromini também é investigada em outro inquérito, que apura a produção e disseminação de fake news e ataques ao Supremo.
Na sexta-feira (19), o ministro Alexandre de Moraes prorrogou por mais 5 dias a prisão de Sara Giromini.
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