Ministra Gleisi critica Galípolo por “manter juros estratosféricos”

Ministra Gleisi Hoffmann. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A auxiliar de Lula afirmou que quem começou a alta dos juros foi Roberto Campos Neto, mas destacou que Gabriel Galípolo manteve “a escalada”

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou na segunda-feira (13) a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. Ela lembrou que o Banco Central é autônomo, mas reforçou que acha que a decisão é errada. Gleisi afirmou também que quem começou a alta dos juros foi Roberto Campos Neto, mas destacou que Gabriel Galípolo manteve “a escalada”.

“Nós não temos interferência no que ele faz. Essa taxa de juros estratosférica que está aí começou incentivada pelo Roberto Campos Neto, que fez terrorismo fiscal: ‘As contas não estão em dia, tem que aumentar os juros’. O Galípolo, quando assumiu, indicado pelo presidente, continuou essa escalada. Agora parou, mas teria que baixar”, disse Gleisi, em entrevista ao SBT.

Para a ministra, a decisão é errada e cobrou reação do setor produtivo, que, segundo ela, deveria pressionar o Banco Central e o presidente da instituição, Gabriel Galípolo. “Tá errado, tá errado. Nós não temos força de determinar. O que eu posso fazer é criticar, e estou criticando, como criticava antes”, acrescentou, apontando que só o setor financeiro pressiona o BC e cobrou a mesma atitude do setor produtivo.

Ela classificou a Selic em 15% ao ano como “uma taxa estratosférica, ruim para o desenvolvimento econômico e que não está de acordo com os parâmetros da economia brasileira”. “Estamos com uma inflação controlada, redução dos preços, o dólar está baixo – e não é por causa da taxa do Banco Central, não. O dólar está baixo por conta da economia americana, da economia mundial. Então, não é justo para o povo brasileiro, com o setor produtivo, continuar com essa taxa de juros”, disse.

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